RELATOS PESSOAIS
MOMENTOS MARCANTES
U. E. DEMERVAL LOBÃO , ANGICAL, PI –
2019.
SÉRIE: 1º ANO C ( ENSINO MÉDIO)
UM
MARAVILHOSO RECOMEÇO
Olá, meus queridos leitores!
Tudo começou numa tarde no Campus IFPI de
Angical. Às 14:00h recebi uma ligação da minha mãe. Algo de surpreender, pois
ela não era de fazer ligações. A primeira palavra que ela disse foi “POSITIVO”.
Eu já sabia do que se tratava, porque tinha percebido que sua menstruação
estava atrasada, mas pensei que fosse normal.
Quando ela me deu a notícia de que estava
grávida, aquilo me abalou. Comecei a chorar na aula. Pensei “Meu Deus, eu vou
ter um irmão depois de já ter quinze anos? ”. Contei aquela notícia para todos
da minha sala. Todos ficaram felizes, menos eu, pois não sabia nem como reagir
à situação.
Esse tempo foi um período em que eu estava
mal, andava triste, e tempos antes eu estava me automutilando todos os dias. Durante
as madrugadas eu me cortava perto dos pulsos, além de outras partes do corpo também.
Aqueles cortes acabavam com a tristeza que eu tinha. Havia marcas no corpo e na
alma. Era algo sem fim.
Numa dessas noites, o corte foi profundo e
bastante sangue escorria nas minhas pernas. Minha mãe entrou no meu quarto e
viu aquela cena. No mesmo momento ela me abraçou, sentou-se no chão e começou a
bater em si mesma e a perguntar por que eu fazia aquilo. Disse que se sentia
culpada.
Depois daquele momento, eu percebi que ninguém
sentiria mais a minha falta do que a minha mãe. Nem amigos, nem parentes, nem
meu namorado. Mas minha mãe, ela sim, lembraria de mim todos os dias. Pensei
“Eu nunca vou abandoná-la! ”. E que aquele bebê também seria quase meu.
Eu vi o seu desenvolvimento, a primeira
ultrassonografia, escutei o seu coraçãozinho bater. Todos os meus dias foram
melhorando com aquela criança. Depois descobrimos que era um MENINO. Nossa! Que
lindo!
No dia 30 de novembro de 2018 minha mãe foi ao
hospital, pois a sua bolsa havia estourado. Ela e o bebê tiveram problemas na
hora do parto. Ele estava com dificuldades para respirar. Minha mãe tinha
perdido todo o líquido amniótico. Ela ficou entre a vida e a morte. E foi
naquele momento que eu tive a certeza de que Deus existe, pois todos na sala de
parto começaram a rezar, até mesmo o médico. Depois disso, nasceu ele, CARLOS
EDUARDO, na manhã do dia primeiro de dezembro. Foi um momento lindo, parecia
uma chama no meu coração de tanta alegria. Ele se tornou meu mundo. As minhas
lágrimas de todas as noites secaram.
Quando vejo aquele sorriso percebo que se eu
tivesse ido embora, teria perdido aquilo tudo. Ele me faz feliz todos os dias e
nem sabe ainda. Percebi que Deus faz tudo certo. Enviou uma luz quando eu
estava na escuridão. Depois dele, mudei completamente os meus atos, o meu modo
de viver. Um maravilhoso RECOMEÇO!
MARIA CLARA
UMA FUGA DE MUITA
EMOÇÃO
Essa aventura aconteceu no dia 07 de junho de 2018.
Numa bela manhã, eu estava indo para a escola, como eu fazia todos os dias. Ainda
estava cursando o nono ano do ensino fundamental.
Logo que cheguei a minha sala, “dei de cara”
com a minha amiga “Medusa”. Imediatamente começamos a conversar. De repente,
ela teve a brilhante ideia de fazermos
uma pequena fuga até a cidade próxima, Santo Antônio dos Milagres, porque lá
mora uma amiga nossa, a “Maria Flor”. Eu não pensei duas vezes e aceitei fazer
essa fuga com ela.
Fomos à mesa da Maria Flor e falamos da nossa
ideia de ir visitá-la. Ela aceitou logo. Terminada a aula, fui para casa
almoçar. Não parei de pensar nessa loucura que íamos fazer e fiquei com muito
medo de alguém descobrir. Mas não desmarquei e fui à casa da Medusa.
Quando eu cheguei lá, ela estava toda maquiada
para a pequena fuga. Saímos de moto. Porém, ao chegarmos no Montevidéu, começou
a chover. Fiquei todo molhado e a maquiagem da minha amiga derreteu. Não
aguentei sem sorrir. Em seguida, ela disse que queria levar a moto. Bateu um
pouco de medo de cairmos, mas mesmo assim entreguei-lhe a chave. Medusa provou
que realmente sabia pilotar uma moto. Não faltava muito para chegarmos até a
casa de Maria Flor. No caminho, paramos na casa de uma amiga da Medusa.
Seguimos e chegamos ao nosso destino.
Maria Flor percebeu que estávamos com muito
frio e foi buscar toalhas para nós dois. Esperamos a chuva passar, conversamos
até a hora de irmos embora.
Quando estávamos voltando para Angical, Medusa
teve outra ideia: queria ir visitar outra amiga que morava em São Gonçalo. Como
sempre, eu topei. Como eu estava molhado, seria bom porque o vento secaria a
minha roupa e lá em casa ninguém desconfiaria de nada.
No caminho, no meio da estrada, tinha vários
bodes. Daí pedi que ela tivesse bastante cuidado para não atropelar nenhum. Deu
tudo certo. Chegamos na casa da Gaby e passamos um bom tempinho por lá. Ainda
pensei em chamá-las para irmos em Hugo Napoleão. Mas essa ideia só ficou no meu
pensamento mesmo. Medusa e eu nos despedimos da Gaby e dessa vez voltamos para
Angical de verdade.
WESLEY GOMES
Tudo aconteceu no dia 15 de janeiro, no
ano de 2005. Minha avó era uma mulher muito batalhadora, linda, que sempre
lutava por sua família, e que desde o momento que eu saí da barriga da minha
mãe, ela cuidou de mim, sempre com todo carinho, afeto e um amor incondicional.
Ela era uma rainha, e a velhinha mais
linda que existia no mundo. Eu não me lembro exatamente de seu rosto, nem de
como ela era, pois quando ela faleceu eu tinha apenas 3 aninhos.
Bom, tudo começou quando ela foi para
Barras, uma cidade onde moram meus familiares. Ela saiu de Angical muito bem,
mas quando chegou ao seu destino começou a sentir-se um pouco mal, pois sua
pressão baixou por causa de sua diabetes. Todo cuidado é pouco para essa
doença, doença essa que levou minha querida e amada avó.
Enfim, chegando em Barras, ela começou a
sentir cansaço e fraqueza, até que um dia ela se sentiu muito mal, sua pressão
baixou ainda mais e ela foi ao hospital. Chegando lá, os médicos resolveram
deixá-la internada. Ela passou alguns dias no hospital, e assim que minha mãe
soube, foi às pressas vê-la.
Ao chegar lá, minha avó teve um derrame
muito avançado e não suportou, mesmo com todo o esforço dos médicos. Então, na
tarde do dia 15 de janeiro de 2005, ela faleceu. Eu não sabia exatamente o que
estava acontecendo, por conta da minha idade. Só me lembro da minha mãe
chorando e eu perguntando o que acontecia ali. Ela tentou me explicar de uma
forma menos dolorosa e disse: “Filhinha, a mamãe tá chorando porque a vovó fez
uma viagem bem longa e sem volta”. E logo em seguida, me deu um abraço forte e
continuou a chorar.
Com o passar dos dias eu comecei a sentir
falta da minha avó e a pensar que a história que minha mãe havia falado era
realmente verdade, já que até o momento ela não tinha voltado. Eu sinto muita
falta dela e as vezes me pergunto como seria se ela estivesse comigo hoje e como
seria bom ver o seu rostinho todos os dias da minha vida. Muitas vezes também
sinto falta de um “abraço de vó” e aquele carinho que só vó sabe dar.
Vozinha, saiba que independentemente de
onde a senhora estiver, eu te amo muito e sei que está cuidando de mim. Minha
velhinha, queria muito você aqui comigo, para poder cuidar da senhora. Quase
todos os dias eu choro por sentir tanto
sua falta. Agora a senhora é uma estrela que está sempre iluminando meu caminho
e me dando forças para seguir em frente, pois mesmo não estando aqui, sinto que
cuida de mim.
Te amo muito, minha estrela! (Valéria)
RECONSTRUÇÃO
INTERIOR
O ano era 2018, mais precisamente 18/02,
quando se iniciou o período letivo. Estávamos todos ansiosos para saber quem
seriam nossos professores, e para a surpresa de todos, aquela professora que
estava conosco desde o 6º ano, não iria nos dar aula de Língua Portuguesa no 9º
ano.
No dia seguinte, entrou o nosso novo
professor, Serginho, o qual foi muito carismático e um ótimo profissional.
Passamos um bom período com ele, até que ele nos contou que não iria mais nos
dar aula.
Todos ficamos indignados com a notícia e
fizemos o possível para que ele ficasse com a gente, porém, nossas tentativas
foram em vão. Depois de dois meses de convivência com o mesmo, não queríamos
abrir espaço para a nossa nova professora, Cristiany Vasconcelos. Contudo, com
o passar do tempo, vimos que ela, sem dúvidas, era a melhor professora de Língua
Portuguesa.
O medo e a vergonha faziam com que no meu
subconsciente eu tivesse receio de me expressar em sala de aula. Mas a
professora Cris, essencial na minha vida, abriu portas que pareciam sempre
estar entreabertas para a minha liberdade de expressão.
Ela não só me ensinou todas aquelas
regrinhas gramaticais, mas também que nas aulas poderíamos falar da vida, do
futuro e dos nossos sonhos. Todas as suas aulas eram mágicas.
Sua torcida por mim era e ainda é muito
grande, pois ela me apoiava, orientava e me mostrava que além de uma
professora, eu tinha uma amiga. Ela me fez entender realidades que passavam
despercebidas por mim. Gratidão é a palavra e o sentimento que tenho e devo,
pois nunca irei esquecer aquelas seis aulas de Língua Portuguesa nos três dias
da semana.
(Clara Luíza)
MELHORES AMIGOS
Tudo começou em 18 de fevereiro de 2019,
quando soube com quem eu iria estudar no 1º ano do ensino médio. Esse ano foi
marcado por várias aventuras que vou levar para a minha vida toda.
Não tenho como dizer que todos os momentos
foram bons, pois também tivemos a despedida de uma pessoa que eu confiava muito
e de quem sinto muita falta, pois gostava de contar meus segredos para ela e
desabafar durante minhas crises de ansiedade.
Mas ainda sobraram amigos para aguentar
minhas loucuras diárias, como a Clara Luíza e o Wesley. Eles me fazem rir nos
piores momentos e são anormais, além de sempre me pedirem “cola”.
Com eles eu me sinto completa, e sei que
sou chata, pois as vezes não sei como eles me aturam. Amo fazer eles rirem,
tirar a concentração durante a aula (principalmente a do Wesley). Além desses,
também tenho outros, como um ser humano com quem eu sempre desabafo, que me dá
conselhos e também lanches quando vou para sua casa.
Todas essas pessoas são muito importantes
para mim, e como diz o ditado, são da escola para a vida.
Clévia Barbosa
MEU ANIVERSÁRIO SURPRESA QUE NÃO
FOI SURPRESA
Bom, tudo aconteceu duas semanas antes do
meu aniversário. As minhas amigas passaram essas duas semanas estranhas comigo,
então comecei a suspeitar, já que eu havia passado o mês inteiro implorando por
uma festa surpresa, mas elas não demonstravam interesse. Enquanto isso, eu nem
imaginava, mas a Lanna estava planejando tudo com a minha mãe, minha avó e todos
os meus amigos.
Um certo dia na sala de aula, a Lanna
estava de segredinho com as meninas enquanto todas olhavam pra mim, o que
despertou minha curiosidade que sumiu com o passar do tempo.
Até que no dia 28/02/2019, Lanna disse que
ia para a minha casa, e depois que eu fui para a escola, a Bia, o José e a
Ellany foram até a casa da minha bisavó. Até aí eu não suspeitava de nada, e
voltando da escola meu avô me parou para me dar os parabéns e me pagar uma
coca.
Finalmente cheguei em casa e pedi a moto
para a minha mãe para sair com a Lanna, com a Valéria e a Kamilly, pois o
combinado era ficarmos na praça.
Chegando lá, elas estavam esperando o
namorado da Valéria para sairmos, e eu disse que ia sair com a Lanna. Porém, foi
onde tudo começou, pois fui à casa da minha prima Hilary e vi que seu pai ainda
estava lá, e como não falo com ele, eu voltei para a praça e decidi ir até a
casa da Inara. Lá, seu pai me disse que ela estava na casa da Manuelle. Então,
por pura teimosia, fui novamente à casa da Hilary e perguntei por ela pra sua
mãe, que me disse que ela havia saído com a minha mãe para a minha casa. Nesse
momento, comecei a suspeitar e fui para a casa da Verônika. Seu pai também
disse que ela estava na minha casa.
Depois disso eu já estava muito
desconfiada e enchi a Lanna de perguntas, e a mesma insistia em dizer que não
sabia de nada. Minha mãe me ligou mandando que eu fosse para casa, e no caminho
encontrei meu pai indo de carro para a rua e resolvi segui-lo, até que minha
mãe ligou novamente, mas eu já estava bem perto de casa quando vi uma pessoa
correndo para dentro da casa da minha bisavó, o que acabou ainda mais com a
surpresa.
Mesmo assim, a “surpresa” foi maravilhosa
e hoje sei quem são meus verdadeiros amigos, pois nunca imaginei que eles
fossem fazer essa festa para mim. Eles estão sempre comigo, nas horas boas e
ruins!
Ayslara Beatriz.
Tudo começou por volta das 9:00h da manhã
em um dia lindo do ano de 2012. Eu tinha 8 anos de idade e estava com catapora.
Então, fui para o quintal onde tinha alguns pés de manga. Logo, eu disse para a
minha irmã e para o meu irmão que eu queria comer algumas daquelas mangas, mas
eles disseram que eu não poderia pelo fato de estar doente e por elas estarem
verdes.
Assim que eles deram as costas, eu peguei
uma das que estavam no chão, e depois de comê-la, tive uma sensação estranha e
meu corpo começou a ficar cheio de pintinhas vermelhas, além de muita fraqueza.
Meu pai falou para a minha mãe me dar um
banho, e durante o mesmo, eu senti uma enorme dor nas pernas, ao ponto que não
conseguir ficar muito tempo em pé.
Após chegarmos ao hospital, os médicos
mediram minha pressão, e logo depois de verem que estava muito baixa, correram
para me atender. Eles me colocaram em uma cama e onde eu estava deitada, havia
dois balões de oxigênio, um ligado e outro reserva.
Meu pai sentou ao meu lado e me entregou a
receita médica, na qual eu nem consegui ler por conta do sono. Foi quando eu
ouvi alguém chamando meu nome repetidamente e eu respondi “oi”. O médico disse
para o meu pai que eu estava morrendo e com muita pressa, me colocaram na
ambulância para irmos para Teresina.
Antes de irmos, foram até minha casa buscar
minha mãe, que quando me viu naquele estado, não conseguiu conter o choro. Ao
chegarmos em Teresina, fomos primeiro ao hospital infantil, porém, o mesmo não
tinha mais vagas. Então fomos para o HUT, onde não fui recebida por estar com
catapora e colocar em risco a saúde dos outros pacientes.
Por fim, fomos a um hospital que fica no
bairro Promorar, no qual não me recordo do nome. Lá, fui atendida por um médico
que também nos disse que não tinha mais vagas, mas minha mãe começou a chorar
muito e implorar por ajuda, até que ele pediu para esperar um pouco enquanto
ele fazia uma ligação.
Ele nos indicou outro hospital chamado
Hdic, e quando chegamos lá fomos muito bem atendidas e eu fui internada. Eu
estava estável e medicada, até que um dia meus batimentos cardíacos aceleraram
muito e minha mãe chamou os médicos,
que colocaram dois balões de oxigênio por causa da minha dificuldade para
respirar e a chamaram para falar que eu teria que ser transferida para outro
hospital, chamado HTI.
Depois de alguns dias o médico tirou meus
aparelhos para ver se eu conseguia respirar sem eles, e depois de certa melhora
ele me mandou para a sala de recuperação. Após 12 dias eu já estava bem melhor
e saudável novamente. Com isso, recebi alta e voltei para casa.
Por isso nunca devemos perder a fé em
Deus, porque ele sempre está do nosso lado quando precisamos dele. Não importa
o que aconteça, pode ter a certeza de que ele está sempre nos protegendo.
Meury
A PERDA DA MINHA AVÓ
Uma lembrança que marcou a minha vida foi
a perda da minha avó. Ela começou a se sentir mal e a cair constantemente, pois
uma de suas pernas não aguentava o peso do seu corpo, e assim ela entrou em uma
tristeza profunda que a cada dia a fazia piorar ainda mais, e de repente, sua
pressão começou a não ter mais controle, o que exigia a necessidade de medi-la
todos os dias.
Ela passou uma noite internada no hospital
de Angical, e quando amanheceu, na manhã do dia 6 de junho de 2017, o médico
pediu que a levássemos para fazer alguns exames, então fomos até Amarante e
após uma ultrassonografia, o médico disse que ela estava com um distúrbio
hidroeletrolítico e Infarto Intestinal (Isquemia Mesentérica), e pediu que a
levássemos para Teresina para uma cirurgia de emergência.
Então, voltamos para Angical e o médico de
plantão a encaminhou para o HUT, onde ela foi atendida imediatamente e
encaminhada para a sala de cirurgia, no dia 6 de junho as 16h:30min. Ela passou
quase 6 horas na sala, até que o médico veio nos informar que eles tiveram que
tirar um metro e meio de seu intestino e substituir por um de borracha, e que
estavam esperando o efeito da anestesia passar para ver como seu organismo iria
reagir.
Seu organismo não reagiu bem e tiveram que
entubá-la. Ela ficou na UTI por 13 dias, e no domingo do dia 18 de junho, as 12h:15min,
recebemos uma ligação da sobrinha médica dela que estava sempre lhe prestando
assistência, que nos deu a notícia de sua morte.
Providenciamos tudo para irmos buscá-la,
pois um dia depois era seu aniversário. Ela foi enterrada no dia do seu
aniversário de 90 anos. Sem dúvidas ela era uma guerreira, pois havia sofrido
muito nas mãos do meu avô, e após a morte dele, ela continuou trabalhando na
roça e sustentando seus sete filhos. Ela morava no Recreio e só veio morar na
cidade depois que minha mãe já tinha 10 anos de idade.
Ela começou a trabalhar tecendo redes que
hoje em dia nem vemos mais, se aposentou pelo INSS, e viveu de sua
aposentadoria até o dia de sua morte. Criou eu e meus 3 irmãos, pois minha mãe
nunca a abandonou, e mesmo depois de se casar, continuou morando com ela.
E assim, nós vivemos em harmonia, mas essa
história ficou marcada para sempre em nossas vidas. (Hilary)
COMO APRENDI A ANDAR
DE BICICLETA
Quando meu pai começou a trabalhar na
capital, Teresina-PI, por volta do ano de 2013, ele disse que eu poderia pedir
o que eu quisesse que ele daria um jeito. Porém, eu não sabia o que pedir e
acabei ouvindo a opinião dos meus irmãos que disseram para eu escolher uma
bicicleta.
Dei o dinheiro para a minha mãe comprar a
bicicleta e acho que ela foi até Água Branca-PI, onde é mais perto da cidade
onde moramos, no caso Angical do Piauí, para facilitar a entrega.
Quando a minha bicicleta chegou, percebi
que ela era bem mais alta que eu, mas que por sorte tinha rodinhas. Eu ainda
não sabia andar direito, então ia da minha casa até a casa do meu avô ainda com
as rodinhas e com minha mãe sempre me segurando.
Depois de mais ou menos três semanas,
minha mãe disse que eu tinha que tirar as rodinhas, e eu, com muito medo, pedi
para que ela deixasse pelo menos os ferrinhos que também seguravam. Ela deixou
e me levou até a rua da minha tia, onde era melhor para aprender. Lá a rua era
bem larga, mas dos dois lados tinham arame farpado. Eu fiquei com mais medo ainda, mas minha mãe continuou a
dizer que eu não tinha com o que me preocupar. Ela passou muita confiança em
mim mesmo, o que fez com que, mesmo bombeando muito, eu não encostasse nas
cercas.
Depois eu comecei a ir da minha casa até a
igreja e vice-versa, pois era perto. Em uma dessas idas e vindas, eu acabei
caindo e me batendo contra o meio fio. Tentei agir como se nada tivesse
acontecido e voltei para casa.
Um tempo depois, em um dia de chuva,
resolvi sair de bicicleta novamente e mais uma vez caí, dessa vez na lama. Por
sorte quando cheguei em casa minha mãe não estava.
Isso me ensinou a não desistir, pois se eu
tivesse desistido na primeira vez que eu caí, não teria aprendido.
(Emerson Rubens)
A MOTO
Tudo começou no dia 5 de fevereiro de
2019, quando meu amigo W.G me chamou para ir à casa de uma de suas amigas na
cidade Jardim do Mulato. Quando estávamos no caminho, voltamos para pegar
roupas mais bonitas, guardamos no bagageiro da moto e depois, no meio do
caminho, nos trocamos.
Quando chegamos, não sabíamos onde ficava
sua casa, então mandamos mensagem para ela e logo após sua resposta, fomos ao
seu encontro, porém, não conseguíamos achar sua casa de jeito nenhum.
Perguntamos para algumas pessoas que disseram que ela morava perto de uma placa
de uma oficina. Por fim, achamos sua casa, conversamos muito e tiramos fotos.
Eu pedi que fôssemos embora, pois uma
chuva estava a caminho. Então, no caminho, começou a chover muito forte e
tivemos que parar debaixo de uma árvore na beira da estrada.
A moto não queria ligar, o que me obrigou
a ter que empurrá-la e descer a ladeira, porém, não adiantou e meu amigo saiu
dizendo que voltaria para me buscar. Eu fiquei sozinho e comecei a correr na
chuva, pois estava com medo, e um carro veio em minha direção, então eu corri
para os matos. Nesse momento, meu amigo chegou e nós fomos embora. Passamos na
casa de sua mãe e ela brigou muito com ele.
A moto desligou novamente e saímos
empurrando ela, até que passamos perto da casa de um dos nossos parentes, onde
um homem que estava lá conseguiu nos ajudar e disse que ela só estava
desligando porque estava fria depois da chuva.
Mesmo assim, quando estávamos indo para a
casa do W.G, a moto desligou de novo em meio a um beco na lama. Nós caímos e
fomos para a casa da avó dele, que estava na sala quando chegamos. Nós pegamos
a roupa que estava no bagageiro, nos trocamos, e quando ela perguntou onde
tínhamos ido, nós dissemos que só fomos na casa da mãe dele e que nos molhamos
na chuva. Ela acreditou e foi dormir, e logo em seguida, W.G foi me deixar em
casa.
André
Victor
O NASCIMENTO E A MELHORA DA MINHA IRMÃ
Tudo começou em uma tarde de uma
quarta-feira, no dia 28 de dezembro de 2016, data em que eu e minha família
estávamos reunidos na minha casa. Era um momento de muita alegria, devido ao
bebê que estava na barriga da minha mãe que estava prestes a conhecer o mundo.
Então decidi ir para Teresina visitar meu
pai. Passei alguns dias por lá, até que recebi uma ligação do meu irmão as
exatas 7 horas da manhã, dizendo que minha mãe estava muito mal, com muitas dores
e que ela estava na Maternidade “Evangelina Rosa”. Infelizmente, eu não podia
sair porque meu pai estava trabalhando.
No outro dia, mais ou menos umas 6 horas
da manhã, meu padrasto me ligou, dando-me a notícia de que minha irmã havia
nascido. Eu fui rapidamente para o hospital com o meu tio e lá encontrei o meu
padrasto, que me levou para uma sala onde me deparei com minha mãe e com uma
coisinha muito fofa no seu colo, coisinha na qual eu passaria a chamar de irmã.
Eu abracei as duas, e nesse dia peguei minha irmã nos braços pela primeira vez.
Depois disso, ela conheceu nossa casa e
nossa família. Porém, ao passar do tempo, começou a ficar muito doente. Ela
vomitava todos os dias, às vezes chegava até a ficar sem fôlego e com muita
febre. Passávamos noites em claro e praticamente todos os dias a levávamos para
o hospital. Eu vi minha mãe chorando, com uma agonia imensa e com muito medo de
perder nosso bebê.
Então, passamos a orar todos os dias
pedindo que minha irmã melhorasse. Atualmente, agradeço a Deus por tudo, pois
graças a Ele, minha irmã é saudável. Seu nome é “Rávilla Maria”.
Jardielson de França Gonçalves.
A PERDA DA MINHA SEGUNDA MÃE
Desde que vim ao mundo, sempre entendi que
tinha duas mães: Gerliane e Fabrícia. Minha mãe de sangue, Gerliane, trabalhava
muito e não tinha ninguém pra ficar comigo, e a prima da minha mãe, Fabrícia,
gostava muito de crianças, então eu ficava com ela durante o dia, até minha mãe
ir me buscar à noite.
Porém, após mais ou menos um mês, eu e
Fabrícia já estávamos apegadas, ao ponto de eu só ficar com minha mãe de sangue
uma vez por semana. Com apenas 1 ano de idade eu já a chamava de mãe, e ela me
considerava uma filha também.
Um tempo depois, quando eu tinha 5 anos,
minha segunda mãe descobriu que estava grávida e ficou muito feliz, ao
contrário de mim, que ouvia as pessoas falando que ela ia me deixar de lado e
ficava com medo que realmente acontecesse.
Quando ela estava com 9 meses de gestação,
me deixou na casa da minha mãe de sangue e me disse que estava indo buscar
minha irmã. Eu odiei a ideia e só parei de chorar quando ela disse que ia
trazer bombons pra mim.
Isso aconteceu em uma tarde de uma
quarta-feira, porém os dias passavam e ela não voltava. Gerliane já sabia, mas
não me disse nada. Até que no dia 02-05-2007 eu a ouvi conversando com a minha
avó e perguntando onde seria o velório. Então logo perguntei de que velório
elas estavam falando e ela apenas me disse, com os olhos cheios de lágrimas,
que minha outra mãe havia virado uma estrela. Eu não entendi nada, e quando
chegamos na casa da Mãe Fabrícia, todos estavam chorando.
Uma ambulância passou em frente e minha mãe
esperou ela parar para entrarmos, e assim que olhei para dentro dela vi minha
mãe Fabrícia deitada em um caixão. Não demorei muito por lá, pois não queria
sair de perto dela. Fui para casa. Foi realmente o pior dia da minha vida.
Hoje,
sua filha, que se chama Júlia, mora com os avós, e eu, sinto sua falta até
hoje, mesmo depois de mais ou menos 10 anos desse acontecido, pois vou amá-la
eternamente.
Maria Gabrielle
ORGULHO
DA FAMÍLIA
No dia 08 de julho de 2018, na cidade de
Santo Antônio dos Milagres-PI, chegou o maior presente da minha família, uma
bebê chamada Anna Sophia, filha da minha prima Daniele.
Eu não estava esperando esse presente
maravilhoso, e desde que soube, tive a certeza de que tudo iria mudar dali para
a frente, pois não seria tão fácil.
Aquela sementinha que crescia em seu ventre
precisou superar muitos familiares que criticaram sua mãe por ser tão jovem. No
entanto, no geral, nossa família estava muito feliz com a notícia.
Hoje ela é uma menina linda e eu agradeço
todos os dias a Deus por esse presente na minha vida, além de sempre pedir que
ele a ilumine, dê – lhe sempre muita saúde e felicidade, e que sempre possamos
fazer tudo que estiver ao nosso alcance por ela.
Lanna Thaís
A MORTE TÃO
INESPERADA DA MINHA AVÓ
Bom, tudo começou no dia 21 de novembro de
2009, o pior dia. Eu não parava de me perguntar por que tinha que ser ela, logo
ela. Minha avó fazia de tudo por mim, transformava o pouco em muito, me
protegia de tudo e todos e sempre me ensinava o que era certo.
O que mais doeu em mim foi ter entrado em
seu quarto e logo em seguida, quando a chamei, ter ficado sem resposta. Minha
mãe disse que a última coisa que ela disse foi meu nome. Meu mundo desabou.
Colocaram ela no caixão e eu sentei ao seu
lado e comecei a lembrar de todas as vezes que dormi no seu colo enquanto ela
cantava pra mim, todas as vezes em que ela me tirou dos castigos em que a minha
mãe me colocava, e quando ela brigava com os outros netos só para me
defender. As lágrimas que desciam
estavam fora do meu controle e todos da minha família estavam desesperados
vendo essa cena, inclusive eu.
Enfim, eu demorei um bom tempo para
conseguir superar tudo isso, mas minha família estava sempre comigo me
convencendo de que aquilo foi melhor para ela, e que com certeza está em um
lugar melhor agora. Hoje sei que ela está sempre me abençoando lá de cima.
Ana Carolina
SEMIFINAL
Terceira quarta, 78X53 para o time
adversário, nossa torcida continuava a nos apoiar com gritos. Era uma semifinal
do campeonato FPB (Federação Paulista de Basquetebol), Mackenz’e – SP X
Paulistano – SP.
No
nosso time, Mackenz’e, todos nós já estávamos cansados e desmotivados, mas
nosso técnico, Adriano, continuou nos dando apoio.
No final da terceira quarta, já estava
84X72 para o Paulistano. No intervalo, Adriano nos dava esperanças de que se
déssemos o nosso melhor, iríamos conseguir virar aquele jogo, então na última
quarta, voltamos bem mais animados.
Nosso time voltou mais concentrado,
acertando muitos passes, bandejas e arremessos. Quando estava faltando apenas 5
minutos para acabar, já estava 88X78 para eles, ou seja, estávamos jogando
melhor que o outro time dessa vez. Adriano pediu tempo para descansarmos.
Voltamos com tudo para virar o jogo e
irmos para a final, e quando faltavam apenas 2 minutos, a diferença já estava
de apenas 2 pontos (94X92). Estávamos com a bola e era praticamente o nosso
último ataque, foi quando João (lateral), foi com tudo para cima deles e
acertou, com direito a uma falta (1 lance livre).
Ele respirou fundo e arremessou. Todos
olhávamos com esperança em cada olhar e... A bola caiu! Comemoramos muito. Que
venha a final!
Isso aconteceu no dia sete de junho de
2017.
Francisco Lucas
COMO TUDO
COMEÇOU
Eu morava em Teresina com minha avó, e
quando ela começou a viajar para cuidar da minha bisavó que mora em Angical, eu
comecei a faltar muito na escola, pois eu só tinha 12 anos e ela sempre me
levou com ela, porque não confiava em me deixar sozinha com ninguém que ela já
não conhecesse bem.
Em consequência disso, ela resolveu
explicar tudo para a direção da escola, que entendeu a situação e começou a
antecipar todas as minhas atividades. Porém, ela continuou preocupada e
resolveu me matricular em uma escola em Angical. No primeiro dia de aula muitas
alunas me perguntaram o motivo de eu ter começado a estudar em Angical ao invés
de Teresina, e eu expliquei tudo.
Hoje, tenho 15 anos e adoro morar com
minha bisavó. Minha avó continua morando em Teresina, mas vem para cá toda
quinta-feira com muita tranquilidade, pois hoje não preciso faltar na escola e
também por Angical ser uma cidade calma.
Thaíssa Dantas
A MORTE DE UM
HERÓI
Não sei ao certo a data, mas lembro de ser uma sexta-feira de
agosto de 2016, um dia aparentemente normal. Eu morava em Itupeva, São Paulo. Acordei,
escovei os dentes, tomei banho, me arrumei e fui para a escola. Chegando lá,
falei com meus amigos como de costume e fui para a sala de aula. No intervalo
eu reencontrei um amigo que não via há muito tempo e depois voltei para a sala.
Quando cheguei em casa, fiquei sem celular
e recebi uma notícia muito triste: Aquele amigo que eu reencontrei mais cedo
havia sofrido um acidente com sua namorada.
Fiquei muito triste, mas ao mesmo tempo
muito orgulhoso, pois a história que recebi foi que ele empurrou sua namorada
para longe quando viu que o carro estava indo em alta velocidade na direção
deles, e com isso, a moto em que eles estavam atropelou a cabeça dele.
Enfim, ele desmaiou, foi internado e
depois recebemos a notícia de sua morte, da morte de um Herói.
José Fernandes Cruz
UM MOMENTO DIFÍCIL DA
MINHA VIDA
No dia 30 de julho de 2018 aconteceu um
festejo na comunidade onde eu moro (São Joaquim, município de Jardim do Mulato).
Eu, minha mãe e minhas irmãs estávamos em casa enquanto meu pai e meu irmão
estavam nesse festejo.
Por volta de 01:00h da manhã, meu pai
chegou completamente bêbado, foi direto para o quarto da minha mãe e perguntou
o que tinha para comer. Ela disse que tinha arroz e feijão. Ele perguntou com
braveza: “Só?”, e ela o mandou olhar as panelas. A partir desse momento ele
ficou com mais raiva e disse que era pra ela colocar sua comida, mas como ela
não tinha esse costume, ignorou, mas ele continuou insistindo.
Minha mãe foi até a sala e meu pai foi
atrás, então ele agarrou no seu pescoço e quase a matou, mas eu e minhas irmãs
entramos na frente dela antes que o pior acontecesse. Ele nos colocou para fora
de casa e nos deixou passar a noite na rua, além de ameaçar nos matar caso
tentássemos entrar.
Quando amanheceu, minha mãe tomou as
providências na delegacia da mulher, e eu até hoje nunca consegui e nem vou
esquecer essa noite tão marcante na minha vida.
Irislana
O MOMENTO MARCANTE DA MINHA
VIDA
O momento mais marcante da minha vida foi
quando meu avô, João Batista, faleceu.
Tudo aconteceu no dia 23 de junho de 2016
quando recebemos a notícia que meu avô havia passado mal. Ele foi encaminhado
para Teresina-PI na ambulância e no meio do caminho não resistiu e morreu. A
ambulância deu meia volta e foi até a casa dele. Lá, esperaram nós chegarmos
para pedir que meu pai o banhasse para colocá-lo no caixão.
Eu não consegui conter as lágrimas quando
o vi deitado no caixão. Fiquei acordado a noite inteira, chorando, e quando
amanheceu fomos deixá-lo no cemitério. Eu o acompanhei até o fim e hoje sei que
ele morreu apenas por falta de cuidado com a sua própria saúde.
Elias Rodrigues
A MINHA PRIMEIRA
VIAGEM
A minha primeira viagem foi no dia 18 de
junho de 2017. Eu fui para Brasília na intenção de trabalhar. Quando cheguei,
tive a impressão de que todos falavam errado, pois falavam bem diferente de
como as pessoas de onde eu moro falam.
Minha mãe pediu para eu ir a uma
panificadora comprar alguns salgados. Quando cheguei lá, pedi que me dessem
algumas bombas pra eu levar, mas o atendente disse que ele não tinha, pois só
tinha no supermercado.
Eu comecei a ficar com vergonha e
perguntei quais salgados ele tinha, e ele respondeu: “Só coxinha e
enroladinho”. Eu pedi um de cada e fui para casa.
Contei a história para minha mãe e falei
que nunca mais iria em uma panificadora para comprar bomba.
Yuri Ramon
O SONHO EM
DOBRO
O meu momento marcante foi a viagem da
minha irmã para outro estado. É muito difícil saber que não tem nem previsão
para ela voltar. Sei que por lá não está sendo nada fácil e sempre fico
preocupada, mas também sei que todo esse esforço vai valer a pena.
Hoje ela trabalha em São Paulo na empresa
Atento. Seu sonho é formar-se em direito e ser advogada, e por isso ela nunca
deixou de estudar e muito menos de acreditar. Ela teve muitas oportunidades
para seguir outros caminhos, mas seu foco é advocacia.
Apesar da distância, nos falamos muito
pela internet, o que não acaba com a saudade, pelo contrário, pois quando ouço
sua voz, ela só aumenta. Um dos meus sonhos é que ela consiga alcançar seu
objetivo, pois a felicidade dela também é a minha.
Hoje, o que eu mais espero é que em uma de
suas ligações ela diga que está prestes a chegar e que vai demorar muito para
voltar.
(Viviah Mayen)
NUNCA
PERCA A FÉ!
Em um jogo no campo de futebol do
Instituto Federal do Piauí, coordenado pelo professor Mazim, no ano de 2016,
meu irmão Lucas, numa jogada divisão de bola com um amigo, caiu e machucou a
perna.
Sentiu dores por alguns dias até
meus pais irem para Teresina com ele a fim de procurarem por um especialista
que descobrisse o porquê das dores.
Lucas passou por três médicos ortopedistas e
somente o terceiro, Clarindo Veras,
descobriu o problema: desgaste na cartilagem no quadril esquerdo.
No dia 14 de julho de 2016, ocorreu a primeira
cirurgia. Foram colocados dois pinos para conectar o fêmur ao quadril.
Passaram-se quase seis meses.
Dez de janeiro de 2017, ocorreu a segunda
cirurgia para retirar os dois pinos. Porém, pouco tempo depois, em um domingo à
tarde, Lucas foi para um interior com um amigo, e tentou montar em um cavalo,
quando se descontrolou e caiu, quebrando o fêmur esquerdo, um pouquinho abaixo
da cirurgia anterior.
Quatorze de março de 2017, aconteceu a
terceira cirurgia. Foi colocada uma platina e quatro pinos.
Ficou
um mês sem frequentar a escola, usou cadeira de rodas. Não conseguia comer com
suas próprias mãos, pois não se movimentava direito. Tínhamos que colocar a
comida na sua boca. Passava o dia inteiro deitado em uma cama sem poder fazer o
que mais gostava: jogar bola e andar a cavalo. Porém, a casa sempre estava
cheia de familiares e amigos.
O tempo passou e com a graça de Deus ele se
recuperou, e hoje faz tudo o que gosta. Portanto, nunca devemos perder a fé,
pois Deus tem uma solução para tudo.
Kamily Gabrielle
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