domingo, 25 de junho de 2017

As pombas, soneto de Raimundo Correia ( Interpretação )



     As pombas


Resultado de imagem para imagens pombasVai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...

E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...


1. O soneto está organizado em duas partes. Nas duas quadras, o eu lírico descreve o revoar das pombas; nos tercetos é estabelecida uma comparação.
a) A que é comparado o revoar das pombas?
    O autor compara o movimento das pombas aos sonhos da adolescência, que igualmente voam.
b) Qual é a diferença essencial, segundo o texto, entre os elementos comparados?
    As pombas retornam aos pombais ao fim da tarde, mas os sonhos adolescentes não voltam mais.

2. De acordo com os termos dessa comparação, identifique a que correspondem, no plano da vida:
a) a madrugada e a tarde;  A madrugada corresponde à juventude; a tarde, à velhice.
b) a nortada, que as pombas encontram, à tarde, fora dos pombais. Os percalços da vida, que acabam por fazer os sonhos se perderem.

3. Releia a última estrofe do soneto. Que visão sobre a vida e sobre a condição humana o eu lírico expressa nessa estrofe e no poema como um todo?
   O eu lírico, revelando preocupação metafísica, trata com pessimismo a condição do homem perante a vida e o tempo.

4. Destaque do soneto três características que comprovem a filiação do texto ao Parnasianismo.
    O descritivismo, a sobriedade e a contenção das emoções, o formalismo.


O AUTOR:
Raimundo Correia (1860 - 1911) é um dos poetas que, juntamente com Olavo Bilac e Alberto de Oliveira, formam a chamada " tríade parnasiana ". Maranhense, estudou Direito em São Paulo e foi magistrado em vários Estados brasileiros.
Sua poesia, no movimento parnasiano, representa um momento de descontração e investigação. Nela se verificam pelo menos três fases:
  • a fase romântica: com influência de Casimiro de Abreu e Fagundes Varela, é representada por Primeiros Sonhos (1879);
  • a fase parnasiana propriamente dita: representada pelas obras Sinfonias (1883) e Versos e versões (1887), é marcada pelo pessimismo de Schopenhauer - pensador alemão que defendia a ideia de que todas as dores e males do mundo provêm da vontade de viver - e por reflexões de ordem moral e social;
  • a fase pré - simbolista: nela, o pessimismo diante da condição humana busca refúgio na metafísica e na religião, enquanto a linguagem apresenta uma pesquisa em musicalidade e sinestesia.
  
                                                     BONS ESTUDOS!


FONTE: 
 Português: linguagens, 2 / William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. - 9. ed. - São Paulo: Saraiva, 2013.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Via láctea (soneto XIII) e Nel mezzo del camin... (Exercícios resolvidos)



Você vai ler a seguir, dois dos mais conhecidos sonetos de Olavo Bilac.



Via Láctea


Soneto XIII
                     
 “Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…
E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas”.

Nel mezzo del camin...
“Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha…
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
Hoje, segues de novo… Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.”

1. No poema "Via láctea" há um diálogo sugerido pelo emprego de pronomes e verbos e pelo emprego das aspas. Identifique os interlocutores desse diálogo.
 O eu lírico, que é identificado pelos pronomes e verbos em 1ª pessoa, e seus interlocutores, vós, identificados pelo tratamento em 2ª pessoa do plural.
2. A propósito desse soneto:
a) Identifique no texto um exemplo de predomínio da emoção sobre a razão.
Principalmente no trecho "saudoso e em pranto", / "Inda as procuro pelo céu deserto".
b) O que é necessário, segundo o eu lírico, para estabelecer comunicação com as estrelas?
                                                    É necessário amar.
3. O poema "Nel mezzo del camin..." apresenta imagens e sugestões cenográficas, como se pudéssemos visualizar as cenas num palco. O texto pode ser dividido em duas partes ou em dois momentos de uma caminhada.
a) Qual é a primeira parte?
A primeira parte é constituída pela primeira estrofe.
b) E a segunda parte?
 A segunda parte é constituída pelas duas últimas estrofes.
A segunda estrofe refere-se  ao momento da interrupção da caminhada, ou seja, é o "mezzo del camin" ( no meio do caminho ).
c) Levante hipóteses: O que teria provocado a separação?
Talvez o desgaste do tempo ou o fim do amor.
d) Por que, na última estrofe, o eu lírico diz "tremo"?
Talvez porque, para ele, a separação tenha outro significado, ou seja, talvez ele ainda ame a mulher que parte.
4. O poema "Nel mezzo del camin..." apresenta várias repetições, algumas delas com inversão. Que efeito de sentido têm as repetições no poema?
Elas acentuam as ideias, reforçam as imagens e conferem ritmo ao texto.
5. Ambos os sonetos são muito apreciados pelo público e revelam as qualidades técnicas de Bilac como sonetista; contudo, não são os melhores exemplos da estética parnasiana. De que outro movimento literário notamos influência nesses textos? Justifique sua resposta.
Notam-se influências do Romantismo, principalmente no primeiro texto, em que o sentimento prevalece sobre a razão. O segundo texto, embora mais contido emocionalmente do que o primeiro e em transição para o Parnasianismo, ainda revela um enfoque romântico do amor ao tratá-lo pela perspectiva da frustração. 
       O AUTOR:
Olavo Bilac (1865 - 1918) nasceu no Rio de Janeiro, estudou Medicina e Direito, mas não concluiu nenhum desses cursos. Exerceu as atividades de jornalista e inspetor escolar, tendo devotado boa parte de seu trabalho e de seus escritos à educação. Foi defensor da instrução primária, da educação física e do serviço militar obrigatório. Patriota, escreveu a letra do Hino à Bandeira e dedicou-se a temas de caráter histórico - nacionalista.
Sua primeira obra publicada foi Poesias (1888). Nela, o poeta já demonstrava estar plenamente identificado com as propostas do Parnasianismo, como comprova seu  poema " Profissão de Fé ". Mas a concepção poética excessivamente formalista defendida por esse poema nem o próprio Bilac seguiu à risca.  Vez ou outra depreende-se de seus textos certa valorização dos sentimentos que lembra o Romantismo. Apesar de menos conhecidos ao público, há na produção de Bilac poemas amorosos de forte sensualidade, que o tornam  sempre lembrado entre os autores brasileiros que cultivaram a poesia erótica.                   
                                                                 BONS ESTUDOS!
FONTE:
Cereja, William Roberto
         Português linguagens: volume 2 / William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. __  9. ed. reform. __  São Paulo: Saraiva, 2013.  

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Iracema, José de Alencar ( exercícios resolvidos)


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                                                       Iracema
                                                                                                                               José de Alencar



                        Capítulo II






Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.

Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.

O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.

Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.

Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto.

Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste.

A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela As vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o uru te palha matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá , as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza o algodão.

Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se.

Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.

Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido.

De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada, mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor. Sofreu mais d'alma que da ferida.

O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara.

A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada.

O guerreiro falou:

—Quebras comigo a flecha da paz?

—Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem de meus irmãos? Donde vieste a estas matas, que nunca viram outro guerreiro como tu ?

—Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus.

—Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras, senhores das aldeias, e à cabana de Araquém, pai de Iracema.

     www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/...e.../IRACEMA/02.HTML


1) A caracterização da personagem é feita por meio de comparações. Observe os quatro primeiros parágrafos. 
a) A que elementos Iracema é comparada?
    É comparada ao mel, à baunilha, aos pássaros e às plantas; enfim, é comparada a elementos naturais.
b) Nessa comparação, quem se destaca mais: a índia ou esses elementos?
     A índia, pois nela tudo é superior: "cabelos mais negros que a asa da graúna", "o favo da jati não era doce como seu sorriso".
c) Que característica romântica se observa nesse procedimento?
   A idealização da heroína e da mulher.

2) José de Alencar foi um dos principais escritores brasileiros empenhados no projeto romântico de construir uma identidade nacional. Por meio da literatura, o escritor pretendia libertar a cultura brasileira do domínio da cultura portuguesa. De que modo o escritor põe em prática esse projeto, no texto, considerando-se os aspectos da língua e do espaço?
   Empregando palavras indígenas e destacando elementos da fauna e da flora nacionais; por meio desse procedimento, o autor procurou criar uma literatura identificada com  nossa gente, nossa cultura e nossa natureza.

3) Tomando por base a leitura do capítulo II, acima, aponte a opção que apresenta a correlação ERRADA.
A) Graúna - pássaro de cor negra luzidia.
B) Ará - palmeira de grandes espinhos.
C) Oiticica - árvore frondosa, apreciada pela deliciosa frescura que derrama sua sombra.
D) Jati - pequena abelha que fabrica delicioso mel.
E) Uru - cestinho que servia de cofre às selvagens para guardar seus objetos de estimação.

       Ará: periquito

4) O surgimento de Martim, o guerreiro branco, representa o primeiro contato entre Iracema e a civilização europeia. Esse encontro provocará a sucessão dos acontecimentos narrados nos capítulos posteriores do livro: o amor de Iracema por Martim; sua exclusão da tribo tabajara; sua partida para o litoral cearense, acompanhando o amante; o nascimento de um filho (Moacir, símbolo do primeiro cearense); a morte de Iracema.
a) Considerando as consequências futuras desse encontro, explique o significado simbólico e premonitório que podemos atribuir à frase "Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta".
    Não é apenas a harmonia da sesta que se quebra. O contato com a civilização quebrará a harmonia da vida selvagem, a harmonia existente entre Iracema e a natureza.
b) Ferido por Iracema, qual foi a atitude de Martim?
    Num primeiro gesto, Martim levou a mão à espada para defender-se. Mas, percebendo que quem o atacava era uma mulher, ele apenas sorriu.
c) Em que sentido a atitude de Martim está ligada à idealização romântica da mulher?
   Para Martim, era inconcebível que uma mulher representasse um perigo do qual ele necessitasse se defender. Como personagem romântico, ele vê a mulher como um ser essencialmente bom e puro, feito apenas de ternura e amor.

                                             BONS ESTUDOS!




sexta-feira, 2 de junho de 2017

Navio Negreiro (parte IV) Exercícios com gabarito


O texto que segue, a parte IV de "O navio negreiro", é a descrição do que se via no interior de um navio negreiro. Perceba a capacidade de Castro Alves em nos fazer ver a cena, como se estivéssemos num teatro.

Era um sonho dantesco... O tombadilho,
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar do açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras, moças... mas nuas, espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs.

E ri-se a orquestra, irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Se o velho arqueja... se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...

Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece...
Outro, que de martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!

No entanto o capitão manda a manobra.
E após, fitando o céu que se desdobra
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."

E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais!
Qual num sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...

açoite: chicote.
arquejar: ofegar.
dantesco: relativo às cenas de horríveis narradas por Dante Alighieri em sua obra Divina comédia, na parte em que descreve o inferno.
luzernas: clarões.
tombadilho: alojamento do navio.
turbilhão: redemoinho.
vãs: inúteis, sem valor.

1. O texto revela grande força expressiva em razão de sua plasticidade, criada a partir das fortes imagens e das sugestões de cor, som e movimento que envolvem a cena. Com relação a esses recursos, responda:
a) A que se referem as metáforas "a orquestra" e "a serpente" na 3ª e na 6ª estrofes? 
    A "orquestra" é metáfora do conjunto de sons (gritos, lamentos) emitidos pelos negros maltratados. A "serpente" é o chicote.
b) Duas cores são postas em contraste na 1ª e na 2ª estrofes. Quais são elas e o que representam?
    As cores são o vermelho e o preto que compõem o dramático painel em que o sangue dos escravos contrasta com o negro de sua pele.
c) Observe a 1ª, 3ª, 4ª e 5ª estrofes e destaque delas  palavras ou expressões que sugiram movimento.
    Entre outras, "Horrendos a dançar", "a serpente/Faz doudas espirais...", "Fazei-os mais dançar!...".
d) Observe a 1ª e a 3ª estrofes e destaque delas palavras ou expressões que se associem a sonoridade.
   "Tinir de ferros... estalar de açoite...", "E ri-se a orquestra, irônica, estridente...","Ouvem-se gritos... o chicote estala."

2. Acentuando a plasticidade do texto, por duas vezes o poeta aproxima as ideias de som e movimento, empregando as palavras orquestra e dança, como se houvesse uma dança dos escravos ao som da orquestra. De acordo com o texto, explique que tipo de dança os escravos realizam.
    A dança dos escravos é , na verdade, o conjunto de movimentos - acompanhados pelos gritos de dor (a orquestra) - que os negros fazem ao serem chicoteados.

3. Além de antíteses, também hipérboles foram empregadas nesse poema de Castro Alves. A hipérbole é uma figura de linguagem que se caracteriza pelo exagero na expressão. Destaque da 1ª estrofe três hipérboles e indique que efeito de sentido têm no texto.
    Há hipérboles em "sonho dantesco", "Em sangue a se banhar" e "Legiões de homens", que acentuam o tom trágico da cena descrita.

4. O poema "O navio negreiro" tem uma finalidade política e social evidente: a erradicação da escravidão no Brasil. De que modo o poeta procura atingir o público e convencê-lo de suas ideias: com argumentos racionais ou com a exploração das emoções? Justifique.
   A base de argumentação da parte IV é a emoção. A plasticidade da cena e o detalhamento das descrições levam o leitor a compor um rico painel de suplícios da escravidão e, dessa forma, sensibilizar-se diante da causa defendida pelo poeta.

                                                      BONS ESTUDOS!
FONTE:
Cereja, William Roberto
         Português linguagens: volume 2 / William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. __  9. ed. reform. __  São Paulo: Saraiva, 2013.