sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Da infância para a vida (relato pessoal)

                              Da infância para a vida

Tudo começou quando eu tinha sete anos e comecei a frequentar a casa da minha madrinha. Lá conheci a Lucilane e o Jaslef, ambos marcaram minha infância. Eu ia pra lá quase todos os dias para brincarmos de mãe, pai e filho. Foi a partir dessa brincadeira que o Jaslef mostrou gostar de mim.
Com o passar do tempo fomos para um interior que pertence a um tio meu. Chegando lá, brincamos e nos divertimos muito naquele ambiente campestre. Nas brincadeiras que envolviam outros garotos percebia que Jaslef sempre tinha certo ciuminho porque fui a primeira menina que conquistou o coração dele.
Não conseguimos resistir ao sentimento e começamos a “ficar”, mas é claro, um “fica” de infância, aquele beijinho no rosto, na mão, aquela forma de carinho tão delicado que fica guardado na memória.
À medida que eu ia crescendo, também ia conhecendo mais um pouco sobre o mundo, esquecendo aquelas brincadeiras de casinha e conhecendo outros garotos. Foi quando conheci e me aproximei de um garoto com quem comecei a namorar. Vi que o Jaslef não gostava, mas eu não conseguia gostar dele como um namorado, mas sim como um amigo, um irmão.
Namorei sete meses com esse garoto, tivemos umas briguinhas e terminamos. Dois meses passaram-se e voltei a ficar com o Jaslef  por quatro meses.
Porém vi que não dava mais certo porque os ciúmes dele me impediam de fazer algumas coisas. Daí terminamos e passamos três meses sem nos falar. Para mim foi muito ruim, pois o menino com quem brinquei sempre desde a infância estava intrigado comigo. Assim, eu evitava muito passar por ele, porque quando passava, vinha aquele aperto no coração, aquela vontade de falar, mas sabia que se eu falasse ele não responderia.
Alguns dias passaram-se e eu não aguentava mais. Percebia que ele também tinha vontade de falar, mas estava esperando eu falar com ele primeiro. Então um dia peguei e enviei uma mensagem pra ele pedindo desculpas por tudo e querendo a amizade dele novamente. Ele aceitou. Percebi que algo tinha mudado, não era como antes, mas o carinho dele por mim continuava o mesmo de sempre. Às vezes temos umas briguinhas, ficamos sem nos falar, mas com umas horinhas tudo volta ao normal.
Aprendi com isso que nunca devemos desprezar quem gosta da gente, pois se um dia ela disser adeus, pode ser tarde para pedir desculpas. Então devemos dar valor a quem gosta verdadeiramente da gente.

                                                           Maria de Fátima Soares.

 Unidade Escolar Demerval Lobão, 1º B . Angical do Piauí. Setembro de 2017

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