Da
infância para a vida
Tudo começou quando eu tinha sete anos
e comecei a frequentar a casa da minha madrinha. Lá conheci a Lucilane e o
Jaslef, ambos marcaram minha infância. Eu ia pra lá quase todos os dias para
brincarmos de mãe, pai e filho. Foi a partir dessa brincadeira que o Jaslef
mostrou gostar de mim.
Com o passar do tempo fomos para um
interior que pertence a um tio meu. Chegando lá, brincamos e nos divertimos
muito naquele ambiente campestre. Nas brincadeiras que envolviam outros garotos
percebia que Jaslef sempre tinha certo ciuminho porque fui a primeira menina
que conquistou o coração dele.
Não conseguimos resistir ao sentimento
e começamos a “ficar”, mas é claro, um “fica” de infância, aquele beijinho no
rosto, na mão, aquela forma de carinho tão delicado que fica guardado na
memória.
À medida que eu ia crescendo, também
ia conhecendo mais um pouco sobre o mundo, esquecendo aquelas brincadeiras de
casinha e conhecendo outros garotos. Foi quando conheci e me aproximei de um
garoto com quem comecei a namorar. Vi que o Jaslef não gostava, mas eu não
conseguia gostar dele como um namorado, mas sim como um amigo, um irmão.
Namorei sete meses com esse garoto,
tivemos umas briguinhas e terminamos. Dois meses passaram-se e voltei a ficar
com o Jaslef por quatro meses.
Porém vi que não dava mais certo
porque os ciúmes dele me impediam de fazer algumas coisas. Daí terminamos e
passamos três meses sem nos falar. Para mim foi muito ruim, pois o menino com
quem brinquei sempre desde a infância estava intrigado comigo. Assim, eu
evitava muito passar por ele, porque quando passava, vinha aquele aperto no
coração, aquela vontade de falar, mas sabia que se eu falasse ele não
responderia.
Alguns dias passaram-se e eu não
aguentava mais. Percebia que ele também tinha vontade de falar, mas estava
esperando eu falar com ele primeiro. Então um dia peguei e enviei uma mensagem
pra ele pedindo desculpas por tudo e querendo a amizade dele novamente. Ele aceitou.
Percebi que algo tinha mudado, não era como antes, mas o carinho dele por mim
continuava o mesmo de sempre. Às vezes temos umas briguinhas, ficamos sem nos
falar, mas com umas horinhas tudo volta ao normal.
Aprendi com isso que nunca devemos
desprezar quem gosta da gente, pois se um dia ela disser adeus, pode ser tarde
para pedir desculpas. Então devemos dar valor a quem gosta verdadeiramente da
gente.
Maria de Fátima Soares.
Unidade Escolar Demerval Lobão, 1º B . Angical
do Piauí. Setembro de 2017
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