quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Coerência e coesão no processamento do texto: Exercícios com gabarito - PARTE II

 

Coerência e coesão no processamento do texto

Descritor 12 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.

 

QUESTÃO 1

No jardim

O pálido rosto à sombra, uma lagartixa que comeu mosca, José cochila ao sol. Os copos-de-leite estão quietos como túmulos brancos. Que sede! Suor frio na testa, coça o queixo, puxa, é quase uma barba! A mãe surge à porta: – Quer entrar, meu filho? A vida escorre na ponta dos dedos. Um copo d’água, mãe. O cacto desfalece de calor. Com mais sede ele morre mais um pouquinho. Brincam as sombras ao pé do muro que nem canteiro de gatos. – Água, meu filho. [...] A cigarra anuncia o incêndio de uma rosa encarnada. Nuvens brancas enxugam no arame do quintal. E o filho dorme, uma lágrima suspensa dos olhos, sem rolar pelo bigodinho grisalho de lagartixa.

MESERANI, Samir. Redação Escolar: Criatividade. São Paulo: Atual. 1989, p. 32. Fragmento.

 

No trecho “Os copos-de-leite estão quietos como túmulos brancos.” (ℓ. 1-2), a expressão destacada estabelece a ideia de

(A)             causa.

(B)             comparação.

(C)            consequência.

(D)            tempo.

 

QUESTÃO 2

 

Cientistas revelam como os recém-nascidos veem seus pais – e isso é fascinante

É muito comum ver pais conversando com seus recém-nascidos, fazendo gracinhas e caras e bocas. Mas, o que muitos deles não sabem é que seus pequenos não conseguem entender suas emoções na maioria das vezes.

Um estudo feito no Instituto de Psicologia na Universidade de Oslo e na Universidade de Uppsala, envolvendo crianças de dois a três dias de vida, mostrou que a capacidade dos bebês de distinguir emoções varia de acordo com a distância a que eles estão do rosto da outra pessoa.

Esse estudo mostra que a distância máxima para um bebê distinguir se a pessoa está feliz ou triste é de 30 cm. Se a distância vai para 60 cm ou mais, a imagem se torna extremamente turva e ele não consegue distinguir as emoções do rosto. Primeiro, os cientistas fizeram testes com adultos, usando vídeos de faces que mudavam de expressão constantemente, para mostrar a facilidade que temos de distinguir umas das outras. Depois, os mesmos vídeos foram mostrados para recém-nascidos: suas reações para as expressões mostradas no vídeo indicaram se eles podiam ver as imagens ou não. No geral, os bebês respondiam aos estímulos recebidos a uma distância de 30 cm ou menos.

De acordo com o professor Svein Magnussen, recém-nascidos são capazes de imitar as expressões faciais dos adultos desde os primeiros dias de vida. Mas, isso não significa que eles são capazes de entender o que cada expressão em particular significa.

RAGAZZI, Jéssica.

 

Nesse texto, o trecho que traz uma ideia de condição é:

(A)             “Mas, o que muitos deles não sabem...”.

(B)             “Se a distância vai para 60 cm ou mais,...”.

         (C)           “Primeiro, os cientistas fizeram testes com adultos,...”.

         (D)           “Depois, os mesmos vídeos foram mostrados...”.

 

          QUESTÃO 3

 

Dr. Google e seus bilhões de pacientes

Regina Elizabeth Bisaglia, em mais uma consulta de rotina, indicava ao paciente a melhor maneira de cuidar da pressão. Ao mesmo tempo, observava a expressão introspectiva do homem a sua frente. A cardiologista não entendia ao certo a desconfiança em seu olhar, mas começava a presumir o motivo. Logo, entenderia o porquê.

Depois de uma explicação um pouco mais técnica, o senhor abriu um sorriso e o olhar tornou- se mais afável. A médica acabara de falar o que o paciente queria ouvir e, por isso, passava a ser merecedora de sua confiança.

“Entendi. O senhor andou consultando o doutor Google, certo?”, disse, de modo espirituoso, Bisaglia.

A médica atesta: muitas vezes os pacientes chegam ao consultório com o diagnóstico já pronto e buscam apenas uma confirmação. Ou mais: vão ao médico dispostos a testar e aprovar (ou não) o especialista.

“Não adianta os médicos reclamarem. Os pacientes vão à internet pesquisar e isso é um caminho sem volta. Informação errada existe em todos os meios, mas eu diria que muitas vezes é interessante que a pessoa procure se informar melhor”, diz a cardiologista, com mais de 30 anos de profissão.

“Há momentos em que o paciente não confia no que o médico diz ou se faz de desentendido. Nessas horas, é muito importante que ele perceba que existem mais pessoas falando a mesma coisa e passando pelo mesmo problema e que, portanto, é fundamental se cuidar. Nada melhor do que a conversa na rede para isso”, completa a médica.

CAMELO, Thiago.

 

o trecho “... portanto, é fundamental se cuidar.” (ℓ. 19-20), a conjunção destacada introduz uma informação

(A)             comparativa.

(B)             conclusiva.

(C)            condicional.

(D)            conformativa.

 

                        QUESTÃO 4

 

Exercícios

Os exercícios são um componente essencial para uma vida saudável, e normalmente são obrigatórios no currículo escolar de todos os adolescentes. Contudo, algumas aulas de ginástica por semana não são suficientes e é uma boa ideia fazer mais exercícios fora da escola – quanto mais, melhor! Aulas de aeróbica e step podem ser uma boa escolha. Se você não sabe por qual delas optar, tente natação: excelente como exercício geral, sendo famosa por trabalhar todos os músculos do corpo.

No trecho Contudo, algumas aulas de ginástica por semana não são suficientes...’’, a palavra em destaque estabelece relação de

(A)                                                                                                                     oposição.

(B)                                                                                                                     explicação.

(C)                                                                                                                     conclusão.

(D)                                                                                                                     adição.

 

Descritor 14 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.

 

QUESTÃO 5

 

O dente mágico

     Um dia, nas profundezas do oceano, Pirata, o terrível tubarão, perdeu o dente em uma batalha com outros tubarões. Era um dente especial, um dente mágico e, sem ele, perdeu também toda a sua força. Então, Pirata ficou medroso e inofensivo, apenas a sua reputação de predador feroz e cruel permanecia, mas, por quanto tempo? Ele tinha que encontrar seu dente mágico rapidamente, porque, se a notícia se espalhasse, alguns moradores do oceano não hesitariam em desafiá-lo. Mas, como?

          Durante a luta, Pirata tinha visto os dentes desaparecerem em um buraco no fundo do mar. Ele hesitou um pouco, mas não havia outra alternativa: aventurou-se pela fenda, que parecia iluminada de dentro para fora. Lá embaixo, a luz era deslumbrante! Chegando ao fundo, ele viu um mundo belo, cheio de animais marinhos desconhecidos. Em um canto, um animal estranho sorriu. A fera tinha o dente mágico do tubarão em suas garras. Pirata foi lá para tentar recuperar o seu bem pre- cioso, mas o estranho animal se recusou a lhe dar. “Esse dente é meu” – disse Thor, em tom não muito amigável – “Mas posso fazer um acordo com você. Eu vou devolver o seu dente, tubarão, mas com uma condição: no futuro, quero que você use a sua força para uma boa causa.” “Mas como vou comer?” – perguntou o tubarão. A fera insistiu: “Prometa-me, e devolvo o seu dente, se não você vai ficar pior do que uma sardinha!”. O tubarão, é claro, aceitou a oferta para recuperar o seu dente. Depois desse susto, o tubarão nunca mais foi cruel. Ele cumpriu a promessa que fez ao estranho ser das profundezas do mar.

MURAT. D’Annie. 365 histórias – Uma para cada dia do ano! Martim G. Wollstein (Trad.). Blumenau: Blu editora, 2010, p. 105. Fragmento.

 

No trecho “... a luz era deslumbrante!” , o ponto de exclamação indica

(A)     admiração.

(B)     alívio.

(C)     curiosidade.

(D)     susto.

 

QUESTÃO 6

 

Biólogos do National Center of Scientific Re- search, na França, estudaram dois tipos de bara- tas (Blattella germanica e Periplaneta americana – as duas bonitinhas convivem “bem” com a gente) para conhecer melhor os hábitos desses bichos. E descobriram que elas também têm uma vida social: reconhecem os membros da própria família e adoecem quando são abandonadas pelo grupo as jovens solitárias levam muito mais tempo para se desenvolver e encontrar um parceiro.

Saber quem faz parte da família é bom para evitar o acasalamento com os irmãos. E elas só conseguem fazer isso por causa de alguns compostos químicos presentes na saliva e no corpo de cada uma.

A parte boa é que elas saem sozinhas em busca de comida e água – é por isso que raramente você se depara com uma porção delas no lixo da cozinha (só vale lembrar que, apesar da busca solitária, as baratas deixam rastros para que as coleguinhas encontrem a mesma fonte de comida). Mas, durante o dia, elas descansam juntinhas em rachaduras e buracos escuros.

Disponível em: <https://super.abril.com.br/blog/ cienciamaluca/baratas-tambem-precisam-de-amigas/>.

Acesso em: 25 out. 2020.

 

Empregam-se os parêntese para intercalar em um texto uma determinada ideia acessória. No primeiro parágrafo os parênteses foram utilizados para:

(A)     destacar um estrangeirismo.

(B)     explicitar uma característica.

(C)     incluir uma explicação.

(D)     inserir uma definição.

 

          QUESTÃO 7

 

O bicho Folharal

Havia seca no sertão e somente uma cacimba ao pé de uma serra tinha ainda um pouco de água. Todos os animais selvagens eram obrigados a beber ali. A onça ficou à espera da raposa, junto da cacimba, dia e noite. Nunca a raposa sentira tanta sede. Ao fim de três dias já não aguentava mais. Resolveu ir beber, usando duma astúcia qualquer.

Achou um cortiço de abelhas, furou-o e com o mel que dele escorreu untou todo o seu corpo. Depois, rolou num monte de folhas secas, que se pregaram aos seus pelos e cobriram-na toda. Imediatamente, foi à cacimba. A onça olhou-a bem e perguntou: – Que bicho és tu que eu não conheço, que eu nunca vi?

   Sou o bicho Folharal – respondeu a raposa.

   Podes beber.

A raposa desceu a rampa do bebedouro, meteu-se na água, bebendo-a com delícia e a onça lá em cima, desconfiada, vendo-a beber demais, como quem trazia uma sede de vários dias, dizia:

   Quanto bebes, Folharal!

Quando já havia bebido o suficiente, a última folha caíra, a onça reconhecera a inimiga esperta e pulara ferozmente sobre ela, mas a raposa conseguira fugir.

 

Na expressão “– Quanto bebes, Folharal!”, o ponto de exclamação sugere

(A)     admiração.

(B)     curiosidade.

(C)     desconfiança.

(D)     preocupação.

 

QUESTÃO 8

 

    

                                                                                                                                                                                         




No segundo quadrinho deste texto, no trecho “Mas para abrir um negócio é preciso planejamento, capital, visão empresarial e um monte de...”, as reticências foram usadas para

(A)     apresentar a continuação da fala do pai.

(B)     indicar que o pai ficou desconfiado.

(C)     marcar que o pai foi interrompido.

(D)     mostrar a dúvida do pai sobre a pergunta.

 

 

Descritor 9 – Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.

 

QUESTÃO 9

 

Qual é o preço da terra? (Sim, o preço da Terra)

     Sim, alguém calculou. Não que haja compradores em potencial para o planeta, é claro. Mesmo assim, o astrofísico americano Greg Laughlin, da Universidade da Califórnia, criou uma fórmula matemática para chegar ao valor da Terra – e aos de outros planetas também.

     O nosso, no caso, vale três mil trilhões de libras uma cifra tão fora da realidade que parece até besteira converter, mas, em todo caso, fica em torno de oito mil trilhões de reais).

     Na fórmula (que o cientista não divulgou qual é, mas ok, porque certamente é bem complexa e a maioria de nós não a entenderia, de qualquer forma), entram a idade, o tamanho, a temperatura, a massa e outras informações pontuais sobre cada planeta.

     O fim da conta não surpreende: a Terra é o mais valioso do universo. Já Marte, por exemplo, que vem ganhando o carinho da comunidade científica por ser, além do nosso, o planeta mais imediatamente habitável do Sistema Solar, vale apenas 10 mil libras.

          Os cálculos não são perda de tempo (não completa, pelo menos): a ideia do pesquisador ao criar a fórmula não era apenas brincar [...]. Ela vem sendo usada por ele para avaliar as descobertas de novos exoplanetas (planetas localizados fora do nosso Sistema Solar) feitas pela NASA. “É uma maneira de eu poder quantificar o quão empolgado devo ficar em relação a qualquer planeta em particular”, explica Laughlin.

     Descoberto em 2007, o Gilese 581 C, por exemplo, entusiasmou os cientistas logo de cara por parecer o mais similar à Terra – mas a conta final do astrofísico americano deu a ele a etiqueta de apenas 100 libras (olha aí, exoplaneta em pro- moção!). Já outro, o KOI 326.01, encontrado mais recentemente, foi estimado por ele em cerca de 150 mil libras.

O trecho que contém a informação principal deste texto é:

(A)            “... criou uma fórmula matemática para chegar ao valor da Terra...”.

(B)            “Na fórmula [...] entram a idade, o tamanho, a temperatura, a massa...”.

(C)           “Já Marte [...] planeta mais imediatamente habitável do Sistema Solar, ...”.

(D)           “... usada por ele para avaliar as descobertas de novos exoplanetas...”.

 

QUESTÃO 10

 

Alimentação na infância afeta a saúde até a vida adulta

     Biscoitos, bolachas e bolos fazem parte da alimentação de mais da metade dos bebês brasileiros com menos de dois anos. os refrigerantes e sucos artificiais estão no cardápio de um terço das crianças da mesma faixa etária. É o que indicam os dados da última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ainda nesse ano.

     O endocrinologista Sérgio Vêncio [...] alerta sobre o consumo destes produtos com alto teor de açúcar e gorduras. “Este tipo de alimento deve ser evitado em qualquer fase da vida, mas os efeitos podem ser ainda mais devastadores se consumido desde cedo. Pesquisas demonstram que o peso do indivíduo até os 5 primeiros anos de vida tem grande influência sobre o peso na vida adulta”, explica. De acordo com o especialista, o consumo desse tipo de alimento nesta idade parte da própria família, que o bebê não sabe ainda discernir entre as comidas. “A criança não conhece o doce ou a gordura, nunca sentiu o gosto, então não tem porque os pais iniciarem este hábito. Assim, quando começarem a socializar com crianças da mesma idade, terão menor fascínio pelo lanche com baixo teor nutritivo do amigo”, exemplifica o médico.

          O problema é que o sobrepeso é um fator de risco para diversas doenças como diabetes, hipertensão e doença cardiovascular. “Alterações que por muitos anos eram essencialmente do adulto, e mais comumente do idoso, estão afetando também as crianças. É o caso da diabetes tipo II, por exemplo.”, lamenta Dr. Sérgio. [...]

Disponível em: <https://jornaldebrasilia.com.br/saude/ alimentacao-na-infancia-afeta-a-saude-ate-a-vida-adulta/>.

Acesso em: 16 dez. 2015. Fragmento.

 

Neste texto, o trecho que traz a informação principal é:

(A)            “Biscoitos, bolachas e bolos fazem parte da alimentação de mais de metade dos bebês brasileiros, ...”.

(B)            “Pesquisas demonstram que o peso do indivíduo até os 5 primeiros anos de vida tem grande influência sobre o peso na vida adulta”.

(C)           “A criança não conhece o doce ou a gordura, nunca sentiu o gosto, então não tem porque os pais iniciarem este hábito.”

(D)           “O problema é que o sobrepeso é um fator de risco para diversas doenças como diabe- tes, hipertensão e doença cardiovascular.”

 

QUESTÃO 11

 

Enciclopédia: Antigamente, tínhamos o costume de ir às bibliotecas municipais ou das escolas e recorrer à enciclopédia para tirar dúvidas e fazer pesquisas de trabalhos escolares. Pode soar estranho ao leitor o advérbio “antigamente”, pois vários de nós cultivamos este hábito somente há algumas décadas. Acontece que a enciclopédia como plataforma de pesquisa já é considerada obsoleta na prática escolar e cotidiana da grande maioria dos jovens, que, além de nem conhecer aquelas enormes coleções de “livrões”, já adquiriu como suporte de pesquisa algo mais tecnoló- gico: o smartphone.

A primeira enciclopédia surgiu em 1772 a partir da publicação de 33 volumes escritos por vá- rios colaboradores e organizados pelos pensadores Diderot e D’Alembert. [...] Desta maneira, a enciclopédia tinha a pretensão de reunir todo o “conhecimento universal”, científico e empírico, baseado na razão, na técnica e na experimentação. E é justamente por manter este rótulo de “universal”, que, ao longo dos séculos, as enciclopédias tinham a necessidade de ser atualizadas e sofriam críticas por esses e outros motivos.

Com o advento da internet, a busca pelas enciclopédias diminuiu ao longo dos anos, visto que a agilidade e o rápido acesso se tornaram aliados fundamentais dos pesquisadores e dos jovens alunos [...]. Desse modo, é interessante notarmos a evolução das plataformas de pesquisas gerais disponíveis a pesquisadores [...] ao longo do tempo, as quais mudam o suporte de leitura (de papel a telas touch), o tamanho e a desenvoltura dos textos, mas a busca pelo conhecimento se mantém, seja no revolucionário século XVIII ou no ousado século XXI.

MEDEIROS, Karla O. Armani.

 

A informação principal deste texto está no trecho:

(A)            “... tínhamos o costume de ir às bibliotecas municipais ou das escolas e recorrer à enciclopédia...”.

(B)            “... pois vários de nós cultivamos este hábito somente há algumas décadas.”. (ℓ. 3-4)

(C)   “Acontece que a enciclopédia como plataforma de pesquisa é considerada obsoleta...”.

(D)           “A primeira enciclopédia surgiu em 1772 a partir da publicação de 33 volumes...”. (ℓ. 8).

(E)  “... a agilidade e o rápido acesso se tornaram aliados fundamentais dos pesquisadores...”.

 

QUESTÃO 12

 

Não estresse: você tem mais tempo do que pensa

Um novo livro ensina a usá-lo bem – sem estresse nem ansiedade

     Se seu dia está curto demais para tantas tarefas, uma solução simples, embora de aplicação difícil: mude-se para Vênus. Lá, o dia dura 243 vezes a duração do dia na Terra [...]. Imagine só. Daria para trabalhar, pegar um cineminha, encontrar os amigos, cuidar do cachorro, tirar uma soneca depois do almoço [...]. Deve ser por isso que nunca se viu um venusiano reclamar de estresse. Diante das 5 832 horas do dia de Vênus, é compreensível que os terráqueos se queixem tanto de seus dias de 24 horas. Segundo a escritora americana Laura Vanderkam, porém, reclamamos de barriga cheia. Seu livro 168 hours. You have more time than you think (168 horas. Você tem mais tempo do que pensa), ainda não lançado no Brasil, tornou-se best-seller defendendo duas teses incomuns em obras sobre organização do tempo. A primeira é que somos bem menos ocupados do que imaginamos. A segunda é que a melhor maneira de aproveitar bem o tempo é não se preocupar tanto assim com ele.

          Nossa vida é tão corrida que livros sobre como administrar o tempo se tornaram um gênero à parte nos últimos anos [...]. Em geral, eles partem de uma premissa: o dia é curto para tantas tarefas. A melhor maneira de lidar com isso, segundo eles, é preenchê-lo [...]. De forma rigorosa, cumprindo todas as tarefas de trabalho sem procrastinar e  planejando o tempo restante para aproveitar cada segundo com a família [...] ou praticando esportes. [...]

OSHIMA, Flávia Yuri.

Disponível em: <https://correiodoestado.com.br//noticias/ nao-estresse-voce-tem-mais-tempo-do-que-pensa-garante

-especialista/175143>. Acesso em: 23 jul. 2013. Fragmento.

 

A informação principal do texto está no trecho:

 

A informação principal do texto está no trecho:

(A)  “Se seu dia está curto demais para tantas tarefas, há uma solução simples, embora de aplicação difícil: mude-se para Vênus.”

(B)  “... o dia dura 243 vezes a duração do dia na Terra...”

(C)  “... nunca se viu um venusiano reclamar de estresse.”

(D)  “Seu livro 168 hours [...] tornou-se best-seller defendendo duas teses incomuns em obras sobre organização do tempo.”

 


                           BONS ESTUDOS!

Nenhum comentário:

Postar um comentário