Coerência e coesão no processamento do texto
Descritor
7 – Identificar o
conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
QUESTÃO 1
Num
dia cinzento e nublado saí para mais um dia de trabalho. Para uma menina de
treze anos que já tinha 1,74 de altura, eu já me considerava uma adulta em
todas as minhas atitudes. Depois de um dia normal, era hora de voltar para
casa. Quando pisei na calçada e subi na minha moto eu vi uma família, que
morava no prédio ao lado, saindo no mesmo momento que eu. Os cumprimentei e ambos
saímos pela mesma direção. Eu me dirigi por uma rua e eles foram por outra.
Uns
800 metros depois da minha saída, eu resolvi não parar em uma esquina
preferencial, já perto da minha casa. Eu pensei: Sempre passo por aqui e nunca
cruzei com um carro, desta vez eu vou passar direto.
Não
vi nada e não me lembro da cena do acidente. Bati justamente naquele vizinho
que eu havia cumprimentado minutos antes.
Disponível em: <https://www.deficienteciente.com.br/ exemplo-de-superacao-depoimento-de-jane.html>.
Acesso em: 31 out. 2020.
A parte da narrativa
aqui citada nos leva a concluir que o conflito gerador do enredo da his- tória
como um todo é
(A)
a relação entre a
protagonista e os vizinhos.
(B) o acidente em que a protagonista se envolveu.
(C) o tratamento que a protagonista recebeu no hospital.
(D)
o retorno
da protagonista à sua vida rotineira.
QUESTÃO 2
Malala
vivia no vale do Swat, no norte do Paquistão,
onde sua família dirige uma série de
escolas. Em 2010, os radicais do talibã assumiram o controle da
região e proibiram as meninas de
frequentarem a escola. Malala não se intimidou e ficou famosa depois de criar um blog defendendo o direito das mulheres.
A fama quase lhe custou a vida.
No
dia 9 de outubro de 2012, ela estava
dentro de um ônibus escolar quando um pistoleiro a chamou pelo nome e disparou
três tiros contra sua cabeça. Durante
semanas ela permaneceu em condição crítica e foi levada de avião para o Hospital
Queen Elizabeth, em Bimighan, na Inglaterra. Depois de uma recuperação
milagrosa a menina tornou-se um símbolo da luta pelo direito à educação e
contra o terrorismo. Depois de discursar nas Nações Unidas Malala acabou sendo
agraciada com o Nobel. Mas sua coragem custou caro. Hoje ela vive exilada na
Inglaterra e não pode voltar para sua terra natal.
Disponível em: <www.diariodovale.com/noticias>.
Acesso em: 12 nov. 2020.
A
história de Malala tem diversos momentos fundamentais. Mas o texto nos informa
que o acontecimento que gerou a mais importante mudança na sua trajetória foi
(A) quando os
radicais do Talibã assumiram o
controle da região onde ela morava.
(B) quando
as meninas da região foram proibidas de frequentar a escola.
(C) quando um prisioneiro entrou no ônibus escolar e
disparou três tiros contra ela.
(D) uma demonstração de reconhecimento ao receber o
prêmio Nobel.
QUESTÃO 3
Aí vem a chuva
Numa pequena aldeia, vive um africano chamado Sambo.
Lá, a cada verão, fica mais quente, muito quente. Mas este ano está um
desastre: nem uma gota de chuva há seis meses! É a seca. O sol está queimando,
plantações estão morrendo e a água está muito escassa! A vila inteira está preocupada. O que fazer? Todos os dias Sambo sai em busca de água potável, às vezes, deve buscá-la longe... Sambo viaja muitos
quilômetros.
Nesta
manhã, Sambo está desesperado para encontrar
água e começa a chorar. Em seguida, ouve um coaxar perto dele: um sapo. “Olá” –
diz ele – “Por que você está chorando?” “Por causa da água” – explica Sambo –
“Nós não temos nada para beber!”. O sapo fala: “E você não sabe que os sapos
conhecem os segredos da água? Nós até sabemos como fazer chover!”. Então o
rosto de Sambo fica iluminado com essa notícia. “Vá para casa e acredite em
mim” – ordena o sapo. Então, Sambo retorna para casa com o coração leve. Sem
dizer nada para os outros, ele espera pela noite, cruzando os dedos.
Finalmente,
a noite cai sobre a aldeia. Em seguida, o primeiro coaxar pode ser ouvido, a
primeira luz, então mais forte. São os sapos cantando a canção da chuva!
Durante toda a noite, eles cantam. E, ao amanhecer, a chuva começa a cair. Todo
mundo sai de suas casas e corre para fora. É uma explosão de alegria na aldeia!
MURAT, D’Annie. 365 histórias – uma para cada dia do ano! Tradução de Martim G. Wollstein. Blumenau: Blu, 2010, p. 139-40.
O que fez com que essa história
acontecesse?
(A)
Os
moradores da vila explodirem de alegria com a
chuva.
(B)
Os
sapos cantarem a canção da chuva durante a noite.
(C)
Sambo
encontrar um sapo que conhece os segredos da
água.
(D)
Sambo
voltar para sua casa acreditando no que o sapo
disse.
QUESTÃO 4
Mila
Era
pouco maior do que minha mão: por isso eu precisei das duas para segurá-la, 13 anos atrás. E, como eu não tinha muito
jeito, encostei-a ao peito para que ela não caísse, simples apoio nessa
primeira vez. Gostei desse calor e acredito que ela também. Dias depois, quando
abriu os olhinhos, olhou-me fundamente: escolheu-me para dono. Pior: me aceitou.
Foram
13 anos de chamego e encanto. Dormimos muitas noites juntos, a patinha dela em
cima do meu ombro. Tinha medo de vento. O que fazer contra o vento?
Amá-la
– foi a resposta e também acredito que ela entendeu isso. Formamos, ela e eu,
uma dupla dinâmica contra as ciladas que se armam. E também contra aqueles que
não aceitam os que se amam. Quando meu pai morreu, ela se chegou, solidária,
encostou sua cabeça em meus joelhos, não exigiu a minha festa, não queria disputar
espaço, ser maior do que a minha tristeza.
Tendo-a ao meu lado,
eu perdi o medo do mundo
e do vento. E ela teve uma ninhada de nove filhotes, escolhi uma de suas
filhinhas e nossa dupla ficou mais dupla porque passamos a ser três. E
passeávamos pela Lagoa. [...] Era uma
lady, uma rainha de Sabá numa liteira inundada de sol e transportada por
súditos imaginários.
No
sábado, olhando-me nos olhos, com seus
olhinhos cor de mel, bonita como nunca, mais que amada de todas, deixou que eu
a beijasse chorando. Talvez ela tenha compreendido. Bem maior do que minha mão, bem maior do que
o meu peito, levei-a até o fim.
Eu
me considerava um profissional decente. Até semana passada, houvesse o que
houvesse, procurava cumprir o dever dentro de minhas limitações. Não foi
possível chegar ao gabinete onde, quietinha, deitada a meus pés, esperava que
eu acabasse a crônica para ficar com ela.
Até
o último momento, olhou para mim, me escolhendo e me aceitando. Levei-a, em
meus braços, apoiada em meu peito. Apertei-a com força, sabendo que ela seria
maior do que a saudade.
CONY, Carlos Heitor. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. (Org.) As cem melhores crônicas do século. Rio
de Janeiro: Objetiva, 2007, p. 271-72. Fragmento
No
primeiro parágrafo deste texto, o narrador
(A) conhece o pensamento dos personagens.
(B) conta um fato observado por ele.
(C) faz intromissões na história.
(D) participa dos fatos narrados.
Descritor
8 – Estabelecer
relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto.
QUESTÃO 5
Estamos mais rápidos e superficiais. Que mudanças a
internet está causando em nossa mente?
Carr:
Ela nos encoraja a avaliar vários pequenos pedaços de informação de uma maneira
muito rápida, enquanto tentamos driblar uma série de interrupções e distrações.
Esse modo de pensamento é importante e valioso. Mas, quando usamos a internet
de maneira mais intensiva, começamos a
sacrificar outros modos de pensamento, particularmente aqueles que requerem
contemplação, reflexão e introspecção. E isso tem consequências. Os modos contemplativos sustentam a
criatividade, empatia, profundidade emocional, e o desenvolvimento de uma
personalidade única. Nós podemos ser bem eficientes e bem produtivos sem esses
modos de pensamento, mas como seres humanos nos tornamos mais rasos e menos interessantes e distintos intelectualmente.
As evidências são preocupantes?
Carr:
Mais do que eu esperava. Nossos cérebros são altamente maleáveis. Isso permite
que nos adaptemos a novas circunstâncias e experiências, mas isso também pode
ser algo ruim. Podemos treinar nosso cérebro para pensar de maneira rasa ou
profundamente com a mesma facilidade. Estudos mostram que, quando ficamos
online, entramos em um ambiente que promove a leitura apressada, pensamento
distraído e aprendizado superficial. É possível pensar profundamente enquanto
surfamos na web, mas não é o que a tecnologia encoraja e premia.
MALI, Tiago. Galileu, ago. 2010. Fragmento
De
acordo com este texto, o uso mais intensivo da internet pode deixar os seres humanos mais superficiais porque eles
(A) fazem leitura apressada.
(B) ficam menos contemplativos.
(C) têm os cérebros maleáveis.
(D) tentam driblar várias situações.
QUESTÃO 6
Eu sei, mas não
devia
Marina Colasanti
A
gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que
não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar
para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo
as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais
cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a
amplidão.
A
gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar
o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no porque não pode perder
o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do
trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar
cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A
gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a
guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os
números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações
de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A
gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um
sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A
gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a
ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que
as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho,
para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A
gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver
anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir
publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável
catarata dos produtos.
A
gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de
cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na
luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À
lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de
madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter
sequer uma planta.
A
gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um
ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na
primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de
semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito
porque tem sempre sono atrasado.
A
gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se
acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e
baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos
poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Qual a relação
de causa e consequência destacada no texto?
(A)
O
tempo causa o envelhecimento das pessoas.
(B)
A rotina
gera a indiferença das pessoas
para com o meio ambiente.
(C)
O
tempo promove o desencanto das pessoas umas para com as outras.
(D)
A rotina
torna as pessoas
insensíveis com as coisas simples do cotidiano.
QUESTÃO 7
Os
povos indígenas da Amazônia sofrem constantes ameaças às suas vidas, devido a
degradações dos seus territórios. O desmatamento ilegal provocado por
fazendeiros, madeireiros e garimpeiros nas terras indígenas, derruba a floresta
e acaba com os recursos naturais com os quais os índios sobrevivem.
No
workshop sobre Povos Indígenas da Amazônia Peruana, que aconteceu na tarde do
dia 29, foi possível debater de uma forma lúcida como os impactos ambientais e
industriais e de degradação da Amazônia estão interferindo nas comunidades
indígenas.
Estavam
presentes no workshop jovens de diversos
países, como Filipinas, Peru, Estados Unidos da América, Brasil e Nova
Zelândia. A jovem da Nova Zelândia, Dewy Sacayan falou sobre a importância do
meio ambiente para essas comunidades: “a terra e a água fazem parte da nossa
identidade e no meu pais eles tem a perspectiva que a terra é a mãe porque é
nela que encontramos o alimento e a vida”.
Depois
de um debate sobre as situações do meio ambiente no mundo e na Amazônia, foi
possível ver a importância de assumirmos um compromisso permanente, saindo da
superficialidade, porque qualquer risco ambiental coloca os indígenas e toda a população mundial em ameaças à terra
e à água são nossos meios de subsistência e que sustentam as nossas vidas.
Disponível em: <https://www.agenciajovem.org/wp/coy-10
-o-meio-ambiente-e-parte-da-nossa-identidade/>.
Acesso
em: 12 nov. 2020.
Dos
trechos a seguir, qual apresenta uma relação de causa e consequência?
(A)
“Os
povos indígenas da Amazônia sofrem constantes ameaças às suas vidas, devido a
degradações dos seus territórios...’’.
(B)
“O
desmatamento ilegal provocado por fazendeiros, madeireiros e garimpeiros nas
terras indígenas, derruba a floresta e acaba com os recursos naturais...’’.
(C)
“Estavam
presentes no workshop jovens de
diversos países, como Filipinas, Peru, Estados Unidos da América,
Brasil e Nova Zelândia...’’.
(D)
“A jovem
da Nova Zelândia, Dewy Sacayan falou sobre a importância do meio ambiente para
essas comunidades...’’.
QUESTÃO 8
Primeiro beijo
Tinha
acabado de ler a matéria sobre o primeiro beijo, no pequeno apartamento em que
morava desde que ficara viúvo, anos antes, quando (coincidência impressionante,
concluiria depois) o telefone tocou. Era uma mulher, de voz fraca e rouca, que
ele de início não identificou: – Aqui fala a Marília – disse a voz. Deus, a
Marília! A sua primeira namorada, a garota que ele beijara (o primeiro
beijo de sua vida) décadas antes! De imediato recordou a garota
simpática, sorridente, com quem passeava de mãos dadas. Nunca mais a vira, ainda que frequentemente a recordasse – e agora, ela lhe ligava. Como que
adivinhando o pensamento dele, ela explicou: – Estou no hospital, Sérgio. Com
uma doença grave... E queria ver
você. Pode ser? – Claro – apressou-se ele a dizer – eu vou aí agora mesmo.
[...]
Nunca
a esquecera, ainda que depois tivesse beijado várias outras moças, uma das
quais se tornara a sua companheira de toda a vida, mãe de
seus três filhos, avó de seus cinco
netos. E não a esquecera por causa daquele primeiro beijo, tão desajeitado
quanto ardente.
Disponível
em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ cotidian/ff2105200704.htm>.
Acesso em: 12 nov. 2020.
No trecho “ E
não a esquecera por causa daquele beijo, tão desajeitado quanto ardente... “ há
uma relação de
(A) causa e finalidade
(B) concessão e condição
(C)
finalidade e oposição
(D) consequência e causa
Descritor 2 – Estabelecer relações entre partes
de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem
para a continuidade de um texto
QUESTÃO 9
Com certeza, uma epidemia
A
todo momento, sem nenhuma razão especial, você solta um “com certeza” como resposta afirmativa para qualquer coisa. É
incontrolável. Você tomou café da manhã hoje? Com certeza. [...] Os juros vão
continuar subindo? Com certeza. [...] o vírus do “com certeza” não foi
espalhado por nenhuma novela ou
campanha de publicidade. Nunca foi bordão de programa humorístico [...].
A
única pessoa pública a usar o “com certeza” como marca registrada é a
apresentadora Leda Nagle – mas [...] é pouco para que ela seja apontada
como [...] culpada. O “com certeza”
simplesmente pegou. [...]
Oitenta
por cento dos “com certeza” que saem de nossa boca são puro chute. Vai chover
amanhã? Com certeza. O trânsito está livre? Com certeza. Dá para chegar até a
próxima cidade com essa gasolina? Com certeza.
Ainda
não se sabe como o “com certeza” atua no cérebro [...], mas existe o temor de que, dentro de poucos anos, o “com
certeza” se transforme na única
resposta que sejamos capazes de dar para qualquer pergunta.
–
Você prefere os ovos
fritos ou mexidos?
–
Com certeza.
–
Para onde você vai
depois de amanhã?
–
Com certeza.
–
Qual é o seu nome?
–
Com certeza.
Antes
de isso acontecer, com certeza, já teremos perdido para sempre a palavra “não”
– substituída, é claro, pela locução “sem certeza”.
FREIRE, Ricardo.
*Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.
No texto acima,
no trecho “Antes de isso acontecer,...” (ℓ. 20), o pronome destacado
refere-se ao trecho:
(A)
“... já teremos
perdido para sempre
a palavra ‘não’...”.
(B)
“... a
usar o ‘com certeza’ como marca registrada é a apresentadora Leda Nagle...”.
(C)
“... não se sabe como o ‘com certeza’ atua no
cérebro...”.
(D)
“... o
‘com certeza’ se transforme na única resposta que sejamos capazes de dar...”.
QUESTÃO 10
Lygia Clark
Desde que decidiu abandonar Belo Horizonte e sua
tradicional família de juristas para se dedicar à arte, Lygia Clark não parou
de revolucionar, abrindo novas perspectivas para a arte contemporânea
brasileira. [...] Em 1950, foi a
Paris, onde frequentou o ateliê de Fernand Léger (1950-1952). [...] Em
suas primeiras pinturas (1954-1958), mudou
a natureza e o sentido do quadro. Estendeu a cor até a moldura, anulando-a ou
até mesmo trazendo-a para dentro do quadro, criando obras como Superfícies
Modulares e os Contra-Relevos. [...] Elaborou
mais tarde trabalhos como Nostalgia do Corpo: Diálogo (1968), que propõe ao es
espectador sentir coisas
simples, como o sopro da respiração e o contato com uma pedra
na palma da mão [...]. Lygia desenvolveu experiências terapêuticas
com seus objetos sensoriais, principalmente
entre seus alunos da Sorbonne,
onde lecionou (1970-1975). No Rio de Janeiro, passou a
dar consultas terapêuticas particulares (1978-1985).
Disponível
em: <https://www.culturagenial.com/lygia-clark/>.
Neste
texto, no trecho “... mesmo trazendo-a para
dentro...” (ℓ. 5-6), o termo em destaque
refere-se à
(A) arte.
(B) cor.
(C) família.
(D) moldura.
QUESTÃO 11
QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins
Fontes, 2010, p. 87.
No
primeiro quadrinho aparece a expressão “não posso ser uma mulher como nossas
mães que se conformavam em
aprender...”, a palavra em destaque refere-se a
(A)
mulher.
(B)
mães.
(C)
Mafalda.
(D)
tecnologia.
QUESTÃO 12
Café na avenida:
certo ou errado?
Angélica Larissa
Ferreira
Um
fato estranho aconteceu em minha cidade. O prefeito interditou a avenida principal
para secagem de café,
provocando muita polêmica.
Um
cafeicultor pediu um espaço ao prefeito alegando que a colheita estava atrasada
por causa da chuva, como a safra foi muito grande ele já não possuía espaço
suficiente para secar café. Segundo ele, se o prefeito não cedesse um espaço, ele teria que parar com a safra
e demitir duzentos trabalhadores rurais.
Algumas pessoas
estão revoltadas com a atitude do prefeito, mas outras
consideram que ele está certo.
Os
que são contra dizem que o prefeito agiu com
intenções políticas, porque é candidato à reeleição; dizem
ainda que a medida atrapalhou o trânsito; que a população não foi avisada com
antecedência e que essa atitude abre precedentes para outros produtores solicitarem o mesmo benefício, caso fiquem em dificuldades.
Os
que são favoráveis dizem que a medida impediu
a demissão dos trabalhadores, que a avenida é larga o suficiente para ser usada
em mão dupla e que será utilizada por pouco tempo, aproximadamente trinta dias.
Eu
penso que com a pista interditada havia possibilidade
de acontecer acidentes, visto que a interdição
da avenida não foi mesmo comunicada com
antecedência à população. Esta avenida é uma
das mais movimentadas de minha cidade, pois dá acesso ao distrito industrial, à
usina de açúcar e álcool e à rodovia
estadual próxima, portanto não deveria estar sendo usada dessa forma. Penso
ainda que o fazendeiro deveria ter construído outros terreiros para secar café
ou tentar encontrar outra solução sem
incomodar os cidadãos, pois acredito que dinheiro não é problema para ele, já que como foi publicado no
jornal da Cidade, o cafeicultor é o maior produtor da região.
Apesar
de algumas pessoas garantirem que o decreto
do prefeito é legal, porque
está previsto na lei orgânica do município em seu
artigo 94, o promotor de justiça afirmou que “a medida é juridicamente discutível”.
Portanto,
sou contra a colocação do café na avenida porque privilegia alguns em detrimento de outros, abre precedentes e atrapalha o trânsito da cidade.
Disponível em: <http://linguaportuguesaegd.blogspot. com/2008/07/textos-olimpadas-de-portugus-texto>.
Acesso
em: 12 nov. 2020.
(A) reeleição do prefeito.
(B) interdição da avenida
(C) lei orgânica do município.
(D) demissão dos trabalhadores.
BONS 19
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