quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Coerência e coesão no processamento do texto: Exercícios com gabarito - PARTE I

 

Coerência e coesão no processamento do texto

Descritor 7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

 

QUESTÃO 1

Num dia cinzento e nublado saí para mais um dia de trabalho. Para uma menina de treze anos que já tinha 1,74 de altura, eu já me considerava uma adulta em todas as minhas atitudes. Depois de um dia normal, era hora de voltar para casa. Quando pisei na calçada e subi na minha moto eu vi uma família, que morava no prédio ao lado, saindo no mesmo momento que eu. Os cumprimentei e ambos saímos pela mesma direção. Eu me dirigi por uma rua e eles foram por outra.

Uns 800 metros depois da minha saída, eu resolvi não parar em uma esquina preferencial, já perto da minha casa. Eu pensei: Sempre passo por aqui e nunca cruzei com um carro, desta vez eu vou passar direto.

Não vi nada e não me lembro da cena do acidente. Bati justamente naquele vizinho que eu havia cumprimentado minutos antes.

Disponível em: <https://www.deficienteciente.com.br/ exemplo-de-superacao-depoimento-de-jane.html>.

Acesso em: 31 out. 2020.

A parte da narrativa aqui citada nos leva a concluir que o conflito gerador do enredo da his- tória como um todo é

(A)     a relação entre a protagonista e os vizinhos.

(B)     o acidente em que a protagonista se envolveu.

(C)    o tratamento que a protagonista recebeu no hospital.

(D)     o retorno da protagonista à sua vida rotineira.

 

QUESTÃO 2

 

Malala vivia no vale do Swat, no norte do Paquistão, onde sua família dirige uma série de escolas. Em 2010, os radicais do talibã assumiram  o controle da região e proibiram as meninas de frequentarem a escola. Malala não se intimidou e ficou famosa depois de criar um blog defendendo o direito das mulheres. A fama quase lhe custou  a vida.

No dia 9 de outubro de 2012, ela estava dentro de um ônibus escolar quando um pistoleiro a chamou pelo nome e disparou três tiros contra sua cabeça. Durante semanas ela permaneceu em condição crítica e foi levada de avião para o Hospital Queen Elizabeth, em Bimighan, na Inglaterra. Depois de uma recuperação milagrosa a menina tornou-se um símbolo da luta pelo direito à educação e contra o terrorismo. Depois de discursar nas Nações Unidas Malala acabou sendo agraciada com o Nobel. Mas sua coragem custou caro. Hoje ela vive exilada na Inglaterra e não pode voltar para sua terra natal.

Disponível em: <www.diariodovale.com/noticias>.

Acesso em: 12 nov. 2020.

 

A história de Malala tem diversos momentos fundamentais. Mas o texto nos informa que o acontecimento que gerou a mais importante mudança na sua trajetória foi

 

(A)  quando os radicais do Talibã assumiram o controle da região onde ela morava.

(B)          quando as meninas da região foram proibidas de frequentar a escola.

(C)            quando um prisioneiro entrou no ônibus escolar e disparou três tiros contra ela.

(D)         uma demonstração de reconhecimento ao receber o prêmio Nobel.

 

QUESTÃO 3

 

Aí vem a chuva

Numa pequena aldeia, vive um africano chamado Sambo. Lá, a cada verão, fica mais quente, muito quente. Mas este ano está um desastre: nem uma gota de chuva há seis meses! É a seca. O sol está queimando, plantações estão morrendo e a água está muito escassa! A vila inteira está preocupada. O que fazer? Todos os dias Sambo sai em busca de água potável, às vezes, deve buscá-la longe... Sambo viaja muitos quilômetros.

          Nesta manhã, Sambo está desesperado para encontrar água e começa a chorar. Em seguida, ouve um coaxar perto dele: um sapo. “Olá” – diz ele – “Por que você está chorando?” “Por causa da água” – explica Sambo – “Nós não temos nada para beber!”. O sapo fala: “E você não sabe que os sapos conhecem os segredos da água? Nós até sabemos como fazer chover!”. Então o rosto de Sambo fica iluminado com essa notícia. “Vá para casa e acredite em mim” – ordena o sapo. Então, Sambo retorna para casa com o coração leve. Sem dizer nada para os outros, ele espera pela noite, cruzando os dedos.

Finalmente, a noite cai sobre a aldeia. Em seguida, o primeiro coaxar pode ser ouvido, a primeira luz, então mais forte. São os sapos cantando a canção da chuva! Durante toda a noite, eles cantam. E, ao amanhecer, a chuva começa a cair. Todo mundo sai de suas casas e corre para fora. É uma explosão de alegria na aldeia!

MURAT, D’Annie. 365 histórias – uma para cada dia do ano! Tradução de Martim G. Wollstein. Blumenau: Blu, 2010, p. 139-40.

 

 

 

O que fez com que essa história acontecesse?

 

(A)     Os moradores da vila explodirem de alegria com a chuva.

(B)     Os sapos cantarem a canção da chuva durante a noite.

(C)    Sambo encontrar um sapo que conhece os segredos da água.

(D)    Sambo voltar para sua casa acreditando no que o sapo disse.

 

QUESTÃO 4                                                                                                                                       

 

Mila

Era pouco maior do que minha mão: por isso eu precisei das duas para segurá-la, 13 anos atrás. E, como eu não tinha muito jeito, encostei-a ao peito para que ela não caísse, simples apoio nessa primeira vez. Gostei desse calor e acredito que ela também. Dias depois, quando abriu os olhinhos, olhou-me fundamente: escolheu-me para dono. Pior: me aceitou.

Foram 13 anos de chamego e encanto. Dormimos muitas noites juntos, a patinha dela em cima do meu ombro. Tinha medo de vento. O que fazer contra o vento?

Amá-la – foi a resposta e também acredito que ela entendeu isso. Formamos, ela e eu, uma dupla dinâmica contra as ciladas que se armam. E também contra aqueles que não aceitam os que se amam. Quando meu pai morreu, ela se chegou, solidária, encostou sua cabeça em meus joelhos, não exigiu a minha festa, não queria disputar espaço, ser maior do que a minha tristeza.

Tendo-a ao meu lado, eu perdi o medo do mundo e do vento. E ela teve uma ninhada de nove filhotes, escolhi uma de suas filhinhas e nossa dupla ficou mais dupla porque passamos a ser três. E passeávamos pela Lagoa. [...] Era uma lady, uma rainha de Sabá numa liteira inundada de sol e transportada por súditos imaginários.

No sábado, olhando-me nos olhos, com seus olhinhos cor de mel, bonita como nunca, mais que amada de todas, deixou que eu a beijasse chorando. Talvez ela tenha compreendido. Bem maior do que minha mão, bem maior do que o meu peito, levei-a até o fim.

Eu me considerava um profissional decente. Até semana passada, houvesse o que houvesse, procurava cumprir o dever dentro de minhas limitações. Não foi possível chegar ao gabinete onde, quietinha, deitada a meus pés, esperava que eu acabasse a crônica para ficar com ela.

Até o último momento, olhou para mim, me escolhendo e me aceitando. Levei-a, em meus braços, apoiada em meu peito. Apertei-a com força, sabendo que ela seria maior do que a saudade.

 

CONY, Carlos Heitor. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. (Org.) As cem melhores crônicas do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, p. 271-72. Fragmento

 

No primeiro parágrafo deste texto, o narrador

(A)     conhece o pensamento dos personagens.

(B)     conta um fato observado por ele.

(C)     faz intromissões na história.

(D)     participa dos fatos narrados.

 

 

Descritor 8 – Estabelecer relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto.

 

QUESTÃO 5

Estamos mais rápidos e superficiais. Que mudanças a internet está causando em nossa mente?

Carr: Ela nos encoraja a avaliar vários pequenos pedaços de informação de uma maneira muito rápida, enquanto tentamos driblar uma série de interrupções e distrações. Esse modo de pensamento é importante e valioso. Mas, quando usamos a internet de maneira mais intensiva, começamos a sacrificar outros modos de pensamento, particularmente aqueles que requerem contemplação, reflexão e introspecção. E isso tem consequências. Os modos contemplativos sustentam a criatividade, empatia, profundidade emocional, e o desenvolvimento de uma personalidade única. Nós podemos ser bem eficientes e bem produtivos sem esses modos de pensamento, mas como seres humanos nos tornamos mais rasos e menos interessantes e distintos intelectualmente.

As evidências são preocupantes?

Carr: Mais do que eu esperava. Nossos cérebros são altamente maleáveis. Isso permite que nos adaptemos a novas circunstâncias e experiências, mas isso também pode ser algo ruim. Podemos treinar nosso cérebro para pensar de maneira rasa ou profundamente com a mesma facilidade. Estudos mostram que, quando ficamos online, entramos em um ambiente que promove a leitura apressada, pensamento distraído e aprendizado superficial. É possível pensar profundamente enquanto surfamos na web, mas não é o que a tecnologia encoraja e premia.

MALI, Tiago. Galileu, ago. 2010. Fragmento

 

De acordo com este texto, o uso mais intensivo da internet pode deixar os seres humanos mais superficiais porque eles

(A)     fazem leitura apressada.

(B)     ficam menos contemplativos.

(C)     têm os cérebros maleáveis.

               (D)  tentam driblar várias situações.

 

QUESTÃO 6

 

Eu sei, mas não devia

Marina Colasanti

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

 

Qual a relação de causa e consequência destacada no texto?

(A)     O tempo causa o envelhecimento das pessoas.

(B)     A rotina gera a indiferença das pessoas para com o meio ambiente.

(C)    O tempo promove o desencanto das pessoas umas para com as outras.

(D)    A rotina torna as pessoas insensíveis com as coisas simples do cotidiano.

 

 

QUESTÃO 7

 

Os povos indígenas da Amazônia sofrem constantes ameaças às suas vidas, devido a degradações dos seus territórios. O desmatamento ilegal provocado por fazendeiros, madeireiros e garimpeiros nas terras indígenas, derruba a floresta e acaba com os recursos naturais com os quais os índios sobrevivem.

No workshop sobre Povos Indígenas da Amazônia Peruana, que aconteceu na tarde do dia 29, foi possível debater de uma forma lúcida como os impactos ambientais e industriais e de degradação da Amazônia estão interferindo nas comunidades indígenas.

          Estavam presentes no workshop jovens de diversos países, como Filipinas, Peru, Estados Unidos da América, Brasil e Nova Zelândia. A jovem da Nova Zelândia, Dewy Sacayan falou sobre a importância do meio ambiente para essas comunidades: “a terra e a água fazem parte da nossa identidade e no meu pais eles tem a perspectiva que a terra é a mãe porque é nela que encontramos o alimento e a vida”.

Depois de um debate sobre as situações do meio ambiente no mundo e na Amazônia, foi possível ver a importância de assumirmos um compromisso permanente, saindo da superficialidade, porque qualquer risco ambiental coloca os indígenas e toda a população mundial em ameaças à terra e à água são nossos meios de subsistência e que sustentam as nossas vidas.

Disponível em: <https://www.agenciajovem.org/wp/coy-10

-o-meio-ambiente-e-parte-da-nossa-identidade/>.

Acesso em: 12 nov. 2020.

Dos trechos a seguir, qual apresenta uma relação de causa e consequência?

(A)            “Os povos indígenas da Amazônia sofrem constantes ameaças às suas vidas, devido a degradações dos seus territórios...’’.

(B)            “O desmatamento ilegal provocado por fazendeiros, madeireiros e garimpeiros nas terras indígenas, derruba a floresta e acaba com os recursos naturais...’’.

(C)           “Estavam presentes no workshop jovens de diversos países, como Filipinas, Peru, Estados Unidos da América, Brasil e Nova Zelândia...’’.

(D)           “A jovem da Nova Zelândia, Dewy Sacayan falou sobre a importância do meio ambiente para essas comunidades...’’.

 

QUESTÃO 8

 

Primeiro beijo

Tinha acabado de ler a matéria sobre o primeiro beijo, no pequeno apartamento em que morava desde que ficara viúvo, anos antes, quando (coincidência impressionante, concluiria depois) o telefone tocou. Era uma mulher, de voz fraca e rouca, que ele de início não identificou: – Aqui fala a Marília – disse a voz. Deus, a Marília! A sua primeira namorada, a garota que ele beijara (o primeiro beijo de sua vida) décadas antes! De imediato recordou a garota simpática, sorridente, com quem passeava de mãos dadas. Nunca mais a vira, ainda que frequentemente a recordasse – e agora, ela lhe ligava. Como que adivinhando o pensamento dele, ela explicou: – Estou no hospital, Sérgio. Com uma doença grave... E queria ver você. Pode ser? – Claro – apressou-se ele a dizer – eu vou aí agora mesmo.

[...]

Nunca a esquecera, ainda que depois tivesse beijado várias outras moças, uma das quais se tornara a sua companheira de toda a vida, mãe de seus três filhos, avó de seus cinco netos. E não a esquecera por causa daquele primeiro beijo, tão desajeitado quanto ardente.

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ cotidian/ff2105200704.htm>. Acesso em: 12 nov. 2020.

 

No trecho “ E não a esquecera por causa daquele beijo, tão desajeitado quanto ardente... “ há uma relação de

(A)     causa e finalidade

(B)     concessão e condição

(C)     finalidade e oposição

(D)     consequência e causa

 

Descritor 2 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto

 

QUESTÃO 9

 

Com certeza, uma epidemia

          A todo momento, sem nenhuma razão especial, você solta um “com certeza” como resposta afirmativa para qualquer coisa. É incontrolável. Você tomou café da manhã hoje? Com certeza. [...] Os juros vão continuar subindo? Com certeza. [...] o vírus do “com certeza” não foi espalhado por nenhuma novela ou campanha de publicidade. Nunca foi bordão de programa humorístico [...].

          A única pessoa pública a usar o “com certeza” como marca registrada é a apresentadora Leda Nagle mas [...] é pouco para que ela seja apontada como [...] culpada. O “com certeza” simplesmente pegou. [...]

Oitenta por cento dos “com certeza” que saem de nossa boca são puro chute. Vai chover amanhã? Com certeza. O trânsito está livre? Com certeza. Dá para chegar até a próxima cidade com essa gasolina? Com certeza.

Ainda não se sabe como o “com certeza” atua no cérebro [...], mas existe o temor de que, dentro de poucos anos, o “com certeza” se transforme na única resposta que sejamos capazes de dar para qualquer pergunta.

   Você prefere os ovos fritos ou mexidos?

   Com certeza.

   Para onde você vai depois de amanhã?

   Com certeza.

   Qual é o seu nome?

   Com certeza.

Antes de isso acontecer, com certeza, já teremos perdido para sempre a palavra “não” – substituída, é claro, pela locução “sem certeza”.

FREIRE, Ricardo.

*Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.

 

No texto acima, no trecho “Antes de isso acontecer,...” (ℓ. 20), o pronome destacado refere-se ao trecho:

(A)            “... teremos perdido para sempre a palavra ‘não’...”.

(B)            “... a usar o ‘com certeza’ como marca registrada é a apresentadora Leda Nagle...”.

(C)           “... não se sabe como o ‘com certeza’ atua no cérebro...”.

(D)           “... o ‘com certeza’ se transforme na única resposta que sejamos capazes de dar...”.

 

QUESTÃO 10

 

Lygia Clark

Desde que decidiu abandonar Belo Horizonte e sua tradicional família de juristas para se dedicar à arte, Lygia Clark não parou de revolucionar, abrindo novas perspectivas para a arte contemporânea brasileira. [...] Em 1950, foi a Paris, onde frequentou o ateliê de Fernand Léger (1950-1952). [...] Em suas primeiras pinturas (1954-1958), mudou a natureza e o sentido do quadro. Estendeu a cor até a moldura, anulando-a ou até mesmo trazendo-a para dentro do quadro, criando obras como Superfícies Modulares e os Contra-Relevos. [...] Elaborou mais tarde trabalhos como Nostalgia do Corpo: Diálogo (1968), que propõe ao es espectador sentir coisas simples, como o sopro da respiração e o contato com uma pedra na palma da mão [...]. Lygia desenvolveu experiências terapêuticas com seus objetos sensoriais, principalmente entre seus alunos da Sorbonne, onde lecionou (1970-1975). No Rio de Janeiro, passou a dar consultas terapêuticas particulares (1978-1985).

Disponível em: <https://www.culturagenial.com/lygia-clark/>.

Neste texto, no trecho “... mesmo trazendo-a para dentro...” (ℓ. 5-6), o termo em destaque refere-se à

(A)     arte.

(B)     cor.

(C)     família.

(D)     moldura.

 

QUESTÃO 11


    


QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2010, p. 87.

 

No primeiro quadrinho aparece a expressão “não posso ser uma mulher como nossas mães que se conformavam em aprender...”, a palavra em destaque refere-se a

(A)             mulher.

(B)             mães.

(C)            Mafalda.

(D)            tecnologia.

 

 

        QUESTÃO 12

Café na avenida: certo ou errado?

Angélica Larissa Ferreira

Um fato estranho aconteceu em minha cidade. O prefeito interditou a avenida principal para secagem de café, provocando muita polêmica.

Um cafeicultor pediu um espaço ao prefeito alegando que a colheita estava atrasada por causa da chuva, como a safra foi muito grande ele já não possuía espaço suficiente para secar café. Segundo ele, se o prefeito não cedesse um espaço, ele teria que parar com a safra e demitir duzentos trabalhadores rurais.

Algumas pessoas estão revoltadas com a atitude do prefeito, mas outras consideram que ele está certo.

Os que são contra dizem que o prefeito agiu com intenções políticas, porque é candidato à reeleição; dizem ainda que a medida atrapalhou o trânsito; que a população não foi avisada com antecedência e que essa atitude abre precedentes para outros produtores solicitarem o mesmo benefício, caso fiquem em dificuldades.

Os que são favoráveis dizem que a medida impediu a demissão dos trabalhadores, que a avenida é larga o suficiente para ser usada em mão dupla e que será utilizada por pouco tempo, aproximadamente trinta dias.

Eu penso que com a pista interditada havia possibilidade de acontecer acidentes, visto que a interdição da avenida não foi mesmo comunicada com antecedência à população. Esta avenida é uma das mais movimentadas de minha cidade, pois dá acesso ao distrito industrial, à usina de açúcar e álcool e à rodovia estadual próxima, portanto não deveria estar sendo usada dessa forma. Penso ainda que o fazendeiro deveria ter construído outros terreiros para secar café ou tentar encontrar outra solução sem incomodar os cidadãos, pois acredito que dinheiro não é problema para ele, já que como foi publicado no jornal da Cidade, o cafeicultor é o maior produtor da região.

Apesar de algumas pessoas garantirem que o decreto do prefeito é legal, porque está previsto na lei orgânica do município em seu artigo 94, o promotor de justiça afirmou que “a medida é juridicamente discutível”.

Portanto, sou contra a colocação do café na avenida porque privilegia alguns em detrimento de outros, abre precedentes e atrapalha o trânsito  da cidade.

Disponível em: <http://linguaportuguesaegd.blogspot. com/2008/07/textos-olimpadas-de-portugus-texto>.

Acesso em: 12 nov. 2020.

 

     No trecho “a medida é juridicamente discutível’’, o termo destacado refere-se à

(A)     reeleição do prefeito.

(B)     interdição da avenida

(C)     lei orgânica do município.

(D)     demissão dos trabalhadores.

BONS 19


BONS ESTUDOS! 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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