Um menino que conheceu o seu pai
Tudo aconteceu em Belo Jardim
(Pernambuco) em junho de 2005, quando eu tinha apenas cinco anos, após
descobrir que meu pai biológico estava vivo e eu não sabia. Então eu fugi de
casa para procurá-lo. Minha mãe correu tanto atrás de mim, mas não me alcançou.
Ao chegar à noite, eu estava com muita
fome e sede. Fiquei fraco e caí. Foi quando passou uma mulher que vendo uma
criança naquelas condições, perguntou de quem eu era filho, e eu respondi que
era filho “da minha mãe”. Ela pegou o celular e ligou para a polícia. Quando a
polícia chegou, fui levado para o Conselho Tutelar juntamente com a mulher que
me encontrou. Este, conseguiu localizar minha mãe. Então fomos para casa.
Chegando lá, minha mãe ligou para meus
avós paternos e disse que não tinha como me criar porque estava desempregada e
com sua mãe doente. Meus avós ficaram com pena de mim e pediram para meu tio
Antônio José para que fosse me buscar em Pernambuco e trazer para Angical.
Assim, ele me trouxe para morar com
meus avós paternos no Caldeirão, povoado de Angical.
Conheci meu pai no dia seguinte após
minha chegada, mas como eu tinha apenas cinco anos, era uma criança assustada,
passei mais uns cinco dias fugindo, com medo, até eu me acostumar com todos. Às
vezes, esperava meus avós dormirem para eu poder fugir de novo e aí era aquela
procura toda pra me encontrarem. Porém, parei com as fugas porque comecei a me
sentir amado. Eles cuidavam muito bem de mim.
Depois disso, só alegrias aconteceram
na minha vida. Deus é meu companheiro. Todos os dias eu agradeço, porque se não
fosse por Ele, eu não estaria aqui, não teria conhecido o meu pai. Mas
infelizmente, não vejo minha mãe desde os meus cinco anos, apenas mantemos
contato.
Cleydson Barbosa de Sousa, 1º A, U.E.Demerval Lobão. Outubro de 2017.
Angical, Pi.
Angical, Pi.
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